Dia Mundial Sem Carro destaca alternativas sustentáveis de mobilidade

(Foto: Marcello Casal Jr)
Celebrado em 22 de setembro, o Dia Mundial Sem Carro busca incentivar a população a repensar a mobilidade urbana e a adotar alternativas mais sustentáveis de deslocamento. A data propõe que, por algumas horas, os motoristas deixem o automóvel em casa e optem por transporte público, bicicleta ou caminhada.
A data, criada oficialmente em 2000 e adotada no Brasil em 2001, busca reduzir a dependência do transporte individual e mostrar os impactos positivos de modais mais sustentáveis para a cidade e para o meio ambiente. Em cidades como Paris, Bogotá, Madri e Tóquio, ruas são fechadas para veículos, e eventos educativos reforçam a conscientização sobre a mobilidade urbana.
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No Brasil, capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba já adotam medidas semelhantes, com faixas exclusivas para ciclistas e campanhas sobre os benefícios de reduzir o uso do carro. Nos últimos anos, o Governo Federal também tem investido em modernização das frotas de ônibus, ampliação de linhas de metrô e incentivo à ciclomobilidade, com programas como o Prêmio Bicicleta Brasil.
Em Manaus, Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), promoveu uma ação de conscientização na faixa liberada da Avenida Getúlio Vargas, no centro da cidade, no domingo (21/9), em alusão ao Dia Mundial Sem Carro. A iniciativa integrou a programação da Semana Nacional de Trânsito, com o objetivo de incentivar a população a repensar os hábitos de mobilidade e adotar alternativas sustentáveis, como o uso do transporte coletivo, bicicleta e caminhada.
Nos municípios do Amazonas, mesmo os que tem trânsito intenso e poucos meios de transporte alternativos, a data serve para refletir sobre opções de mobilidade mais saudáveis e sustentáveis.
Os desafios do setor
Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos – NTU do Brasil, o cenário da mobilidade apresenta desafios crescentes. Entre 2013 e 2023, o número de passageiros no transporte público caiu cerca de 45%, passando de 390 milhões para 214 milhões por mês. A quilometragem produzida pelos sistemas coletivos também reduziu em torno de 40% no mesmo período. Além disso, apenas 30% dos municípios brasileiros possuem transporte público acessível para pessoas com deficiência. Esses dados reforçam a urgência de políticas voltadas à ampliação e modernização do transporte coletivo.
