O chefe da Coordenadoria de Operações da Defesa Civil do Amazonas, tenente-coronel Adson Souza, falou ao Estadão nesta segunda, 25, sobre a situação nos municípios do estado em virtude da estiagem experimentada este ano. Souza ressaltou que o órgão orientou “com bastante antecedência” as populações atingidas pelas dificuldades causadas pela vazante dos rios, no interior do Estado.
As pessoas foram orientadas “a fazer estocagem de alimento, e, se possível, fazer deslocamento para as sedes” dos municípios.
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A Defesa Civil orienta o estado a enfrentar os impactos de uma seca mais severa do que o normal, intensificada pelo fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva. O órgão calcula que, até dezembro, 130 mil famílias sentirão os impactos da estiagem.
Estima-se que ao longo dos próximos meses, a seca pode atingir até 520 mil pessoas.
De acordo com Adson Souza, a limitação de barcos nas calhas do Alto Solimões, Juruá e Médio Solimões já dificulta a chega de insumos à população. Por isso, o governo recomenda a estocagem de alimentos.
O período de seca já afeta a navegação de rios importantes, como o Amazonas, o que pode reduzir a capacidade de transporte pelo rio em 40% em duas semanas e até 50% até outubro.
No momento, 59 dos 63 municípios do Amazonas estão em algum nível de alerta para a estiagem. 14 municípios das calhas do Alto Solimões, Juruá e Médio Solimões já declararam situação de emergência.