Trump suspende ajuda humanitária para ONG que auxilia imigrantes em Manaus

Trump suspende ajuda humanitária para ONG que auxilia imigrantes em Manaus
Uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que auxilia migrantes em Manaus, teve o repasse de fundos do Governo Americano suspenso pelos próximos 3 meses.
Trump pede paralisação
Segundo a entidade, na última segunda-feira (20/1), Trump pediu a paralisação da liberação de fundos de assistência humanitária do Bureau de População de Refugiados e Migração (PRM) e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Profissionais demitidos
A partir desta segunda-feira (27/1), os profissionais que atuavam no escritório localizado no Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) da Compensa, na Zona Oeste de Manaus, foram desligados das atividades.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), milhares de imigrantes ficarão sem acesso à regularização migratória para a residência temporária no Brasil, após essa paralisação. Eles ficarão sem os serviços de saúde e alimentação.
Parceria de 7 anos
A parceira do Governo Brasileiro na Operação Acolhida é parceira desde 2018, e ajuda na regularização da migração, principalmente de venezuelanos, no fornecimento de assistência humanitária.
Ao G1, a Regularização Migratória e Assistência Humanitária disse que vai continuar na missão de apoiar os imigrantes.
“Manteremos todos os esforços possíveis para seguir nossa missão de proteger as pessoas em movimento e promover uma migração humanizada ordenada e digna, que beneficie tanto os migrantes quanto a sociedade de acolhida”, explicou.
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Decisão pode ser reflexo de repreensão ao uso de algemas em translado de deportados brasileiros
Na noite desta sexta-feira (24/1), pousou em Manaus o primeiro voo com deportados dos Estados Unidos ao Brasil. A aeronave, com 158 pessoas a bordo, tinha como destino Belo Horizonte, mas o itinerário foi alterado devido a problemas técnicos.
No desembarque, houve reclamações de calor dentro do avião. Uma mulher passou mal e, como não havia escadas disponíveis, a tripulação utilizou a rampa inflável para o desembarque. Os deportados estavam algemados, o que gerou revolta o governo brasileiro, que, em nota oficial, expressou preocupação com a violação dos termos acordados, que visavam garantir um processo de repatriação digno e sem constrangimentos.

O acordo firmado em 2018 tinha como objetivo reduzir o tempo de permanência dos cidadãos brasileiros em centros de detenção nos EUA, após condenações por imigração irregular e sem possibilidade de recurso.
