O Rio Negro alcançou nesta segunda-feira (9) a marca de 14,41 m, o que representa a quinta maior seca da história desde que o rio começou a ser monitorado, em 1902. Ou seja, há 117 anos.
A cota só não é menor do que as ocorridas no dia 4 de novembro de 1997 (14,34), 13 de novembro de 1906 (14,20), 30 de outubro 1963 (13,64) e 24 de outubro de 2010 (13,63).
O nível do rio negro, registrado nesta segunda-feira, fica a 78 centímetros da vazante recorde. Esta foi atingida no dia 24 de outubro de 2010.
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Para a pesquisadora em Geociências da SGB (Serviço Geológico do Brasil) Manaus, Jussara Cury, o rio pode secar ainda mais, atingindo níveis históricos.
“Manaus apresentou decidas nas semanas anteriores, descidas acentuadas, em torno de 30 centímetros diários e passando para decidas mais regulares como é o caso da semana passada, que teve descidas de até doze centímetros.” disse a pesquisadora.
Seca na bacia do Rio Solimões
Em Tabatinga, o rio Solimões, que influencia no Rio Negro, voltou a descer ao longo da semana passada, apresentando descidas médias diárias de 10 cm. Já em Fonte Boa e Itapéua, o rio apresentou pequenas oscilações diárias.
Em Manacapuru também foi registrada certa diminuição na intensidade de descida do rio. As estações monitoradas no rio Solimões apresentam níveis abaixo da faixa da normalidade para o período.