O preço do botijão de gás de cozinha experimentou alta neste começo de maio, devido à mudança na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que agora terá valor único em todo o país.
De acordo com cálculos do Sindigás, que representa as distribuidoras do setor, o aumento médio do imposto será de 11,9%. O ICMS equivale em média a R$ 14,60 do valor do botijão de gás, taxa que vai subir para R$ 16,34 neste mês (considerando o botijão de 13 kg).
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Com a unificação do imposto em todo o país, 21 dos 27 estados brasileiros terão alta no preço do botijão de gás. No Amazonas, a alta será de 3%.
Em nosso estado, o ICMS representa 18% sobre o valor do gás de cozinha. Em dezembro do ano passado, o Governo do Amazonas encaminhou à Assembleia Legislativa proposta para aumentar para 20% a alíquota do ICMS para serviços essenciais. Os deputados, no entanto, dispensaram o gás de cozinha da alta da alíquota, que permaneceu com 18%
E desde a compra da Refinaria de Manaus pelo grupo Atem, oficializada no final do ano passado, o preço do gás de cozinha subiu no estado: a botija de 13 kg foi de R$ 112 para R$ 124 em Manaus. Recente levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo) apontou que Manaus tem o 3º botijão mais caro do Brasil.
A unificação do ICMS passa a valer em todo o país a partir deste 1º de maio. Em apenas quatro estados, a unificação da tributação gerou redução no preço: Acre, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Santa Catarina.
Veja a alta ou redução do preço do gás por estado após modificação na cobrança do ICMS, segundo cálculos dos Sindigás:
- Mato Grosso do Sul: 84,5%
- Sergipe: 56,2%
- Amapá: 43,8%
- Rio de Janeiro: 42,9%
- Bahia: 37,7%
- Rio Grande do Sul: 35,1%
- São Paulo: 28,5%
- Goiás: 23%
- Distrito Federal: 23%
- Piauí: 21,8%
- Maranhão: 18,3%
- Pernambuco: 17,7%
- Mato Grosso: 13,5%
- Rondônia: 9,7%
- Tocantins: 9,3%
- Pará: 7,1%
- Alagoas: 6,9%
- Paraíba: 6,4%
- Roraima: 5,5%
- Amazonas: 3%
- Paraná: 2,9%
- Espírito Santo: 0,0%
- Ceará: 0,0%
- Acre: -11,1%
- Rio Grande do Norte: -11,3%
- Minas Gerais: -18,7%
- Santa Catarina: -21,2%