O valor médio da cesta de consumo básica de alimentos em junho, fecha o primeiro semestre em queda em relação ao início do ano em seis das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS Inteligência de Mercado e o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas – FGV IBRE. No entanto, quando se fala em pagar mais caro, Manaus foi uma das capitais brasileiras que registram maiores altas no preço dos produtos da cesta básica.
O aumento no valor da cesta em duas capitais variou de 0,2% em São Paulo a 2,2% no Rio de Janeiro e nas capitais onde houve queda, as variações foram de -1,0% em Salvador em e -11,2% em Belo Horizonte.
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Quando se olha para o mês de junho comparando com maio, as cidades que registram as maiores altas foram Manaus e Salvador, com 1,0% e 0,7% respectivamente. Já Belo Horizonte e Rio de Janeiro registraram as maiores quedas, com -4,7% e -2,6%, respectivamente.
A cesta mais cara continua a ser a do Rio de Janeiro (R$ 893,93), seguida pelas de São Paulo (R$ 852,30) e Brasília (R$ 731,70). Por outro lado, as capitais Belo Horizonte (R$ 549,19), Manaus (R$ 675,31), e Curitiba (R$ 694,71) registraram os menores valores.
Dos 18 produtos da cesta básica, o preço do feijão apresentou queda, enquanto o preço da manteiga e do café subiu, em todas as capitais.
Além da manteiga, outros produtos que apresentaram alta de preço na maioria das capitais foram ovos, café em pó e em grãos, massas alimentícias secas e açúcar, dentre outros listados nas tabelas abaixo.
O aumento do preço na manteiga é decorrente da alta do preço do Leite UHT, que tem apresentado tendência de alta nos últimos meses. O preço do café, por sua vez, bateu recorde no exterior, devido à menor oferta do produto, encarecendo o valor do produto para o consumidor final.
A alta do preço dos ovos pelo quinto mês consecutivo, que ocorreu em quase todas as capitais têm se mantido, mesmo com a queda no preço dos insumos de produção, possivelmente devido à redução nos números das aves poedeiras realizada durante a alta dos preços de produção e alimentação nos meses passados, assim como pelo aumento das demandas pelos consumidores.
O início da colheita da safra de cana-de-açúcar, matéria prima para a produção de açúcar, gera o aumento da demanda mundial por açúcar, fazendo o preço no mercado nacional aumentar.
A variação acumulada no valor da cesta básica, no ano de 2023, caiu em seis das oito capitais, com reduções que variam de -6,4% a -1,0%. Apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo foi registrado aumento no período, com alta de 2,2% e 0,2%. A redução mais significativa foi em Belo Horizonte, com queda de -11,2% no período.
Os alimentos que mais subiram e os que mais caíram de preço no ano de 2023, em praticamente todas as capitais, estão apresentados nas tabelas a seguir.
A queda no valor da cesta básica na maioria das capitais em junho e no acumulado do ano, é reflexo da queda dos preços de produtos importantes da cesta básica, presentes em diversas refeições na mesa do consumidor, como feijão, óleo, carne bovina, frango e outros, gerando um alívio no bolso especialmente dos menos favorecidos.