Permanece preso o homem de 29 anos que atropelou cinco atletas na manhã da última quarta-feira (1º/5), durante a realização da 1ª Corrida Nacional do Sesi, em Manaus. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva nesta sexta-feira (2).
O acidente aconteceu por volta das 5h15, na Avenida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra, cerca de 15 minutos após o início da prova. De acordo com informações da Polícia Militar, o condutor invadiu, em alta velocidade, a faixa da esquerda — que havia sido isolada com cones para garantir a segurança dos corredores — e atingiu cinco participantes da competição.
As vítimas, todas do sexo masculino, foram socorridas ainda no local por equipes médicas do Sesi e levadas a unidades hospitalares da capital. Entre os feridos estava o analista júnior Emanuel da Costa Fernandes, de 26 anos, que teve a morte cerebral confirmada por familiares na manhã desta sexta. Ele estava internado no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, na zona leste, e chegou a ser preparado para um procedimento cirúrgico, mas o quadro de saúde se agravou até chegar à condição irreversível.
O motorista, que apresentava sinais evidentes de embriaguez, foi submetido ao teste do bafômetro, que apontou 0,64 mg/l de álcool por litro de ar expelido, valor muito acima do limite estabelecido por lei para caracterizar crime de trânsito. Ele foi detido no local e encaminhado ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
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Em entrevista, o delegado Ivo Martins, responsável pelo caso, afirmou que mesmo sem os depoimentos formais das vítimas — o que é compreensível devido à gravidade do episódio — as provas coletadas já são suficientes para justificar a prisão preventiva. O motorista deverá responder por embriaguez ao volante e por lesão corporal qualificada por cinco vezes, uma para cada vítima atropelada.
Com a confirmação da morte cerebral de Emanuel, a expectativa é de que o acusado também passe a responder por homicídio, caso a vítima venha a falecer oficialmente. Até o momento da última atualização desta reportagem, a Polícia Civil do Amazonas ainda não confirmou se haverá alteração na tipificação penal.
O caso segue sendo investigado, e novas informações poderão ser divulgadas nos próximos dias.