Na madrugada desta quarta, 28, foi concluído o novo julgamento da 2ª Vara do Júri de Manaus, que condenou Gelson Lima Carnaúba a 48 anos de prisão em regime fechado, por envolvimento em rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, que deixou 12 mortos, em 2002. O julgamento tinha se iniciado na segunda, 26.
O júri também condenou Marcos Paulo da Cruz a 32 anos de prisão, e absolveu Francisco Álvaro Pereira. Os três réus tinham sido condenados em 2011 a mais de 100 anos de prisão, mas aquele julgamento tinha sido anulado pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e também pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por quebra da incomunicabilidade dos jurados.
Leia mais:
2º dia de julgamento: Carnaúba nega participação em chacina no Compaj
Começou hoje o julgamento de acusados de chacina no Compaj
Carnaúba foi apontado pelo Ministério Público do Amazonas como líder de uma facção criminosa amazonense que, antes de entrar em declínio, chegou a se tornar a terceira maior do país. Desde 2015, ele está detido em um presídio federal de segurança máxima. Ele comandou o massacre que teve duração de 13 horas: Um dos mortos era agente penitenciário, e os demais eram detentos da unidade prisional.
Marcos Paulo foi condenado por oito homicídios qualificados, mas responde ao processo em liberdade e ficará assim até o trânsito em julgado da sentença, conforme informou a Justiça.