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Indígenas contestam projetos de exploração de ouro no Amazonas

Indígenas contestam projetos de exploração de ouro no Amazonas

Município de São Gabriel da Cachoeira, localizado em área visada por mineradores. Foto: Lalo Almeida/Folhapress

Organizações indígenas contestam na Justiça a existência de 60 processos ativos na Agência Nacional de Mineração (ANM) com intenção de explorar ouro em terras do médio e alto rio Negro.

Caso sejam implementados, os empreendimentos vão impactar a vida de 45 mil indígenas, conforme documento da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) protocolado em julho na Justiça Federal no Amazonas. A petição leva em conta um levantamento feito pelo Instituto Socioambiental (ISA).

A região no noroeste do estado, que engloba a fronteira com Colômbia e Venezuela, é uma das mais preservadas da Amazônia. Conhecido como Cabeça do Cachorro, pelo formato no mapa, o lugar abriga indígenas de 23 etnias. Eles vivem em 750 comunidades de nove terras indígenas, nas imediações de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos.

 

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Às margens esquerda e direita do rio Negro estão 61 comunidades, onde vivem 3.800 indígenas que sofreriam os impactos dos garimpos de ouro. Às margens dos afluentes do rio estão outras comunidades, o que amplia a população atingida para 45 mil, segundo os dados compilados pelas organizações.

Os 60 requerimentos ativos na ANM buscam autorizações para pesquisa e exploração de ouro em áreas que somam 149 mil hectares, quase o tamanho da cidade de São Paulo.

 

 

Via Folhapress