Com a chegada do período de chuvas intensas na região amazônica, especialistas em saúde alertam a população sobre os cuidados necessários para evitar doenças comuns nessa época do ano. Entre os principais riscos estão a dengue, leptospirose, hepatites virais, diarreias e viroses respiratórias, que tendem a se multiplicar com as mudanças climáticas e a maior exposição à água contaminada.
De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o acúmulo de água parada, muito comum em quintais, calhas e recipientes ao ar livre, favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A orientação é verificar frequentemente esses locais e eliminar possíveis criadouros.
Outro perigo é a leptospirose, doença transmitida pela urina de ratos que pode contaminar águas de enchentes. A recomendação é evitar contato com enxurradas, igarapés urbanos alagados ou lama de origem duvidosa. Em caso de necessidade, o uso de botas e luvas é essencial para evitar o contágio.
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As doenças respiratórias também merecem atenção. A umidade constante favorece a propagação de vírus e o surgimento de mofo e bolor em casas mal ventiladas. A recomendação é manter janelas abertas sempre que possível e buscar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre, tosse persistente e falta de ar.
Além disso, o consumo de água potável e o cuidado com a higiene alimentar devem ser reforçados, principalmente em áreas mais afastadas ou com histórico de enchentes. A água deve ser filtrada ou fervida antes do consumo, e os alimentos devem ser bem cozidos.
A FVS reforça que, ao sinal de sintomas suspeitos, a população deve procurar a unidade de saúde mais próxima para diagnóstico e tratamento adequado. A prevenção continua sendo o melhor remédio para enfrentar os desafios do inverno amazônico.