Gil Romero e José Nilson Azevedo da Silva vão a júri popular, segundo decisão do juiz de direito titular da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, Fábio Lopes Alfaia, divulgada, nesta terça-feira (14/05).
Os dois são acusados de matar Débora da Silva Alves e o bebê que estava esperando. O caso ocorreu em julho de 2023. Eles devem responder por duplo homicídio qualificado (motivo torpe, asfixia, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio), além de aborto provocado por terceiro e ocultação de cadáver.
A defesa dos réus poderá recorrer à instância superior. Transitado em julgado a decisão, a ação ficará conclusa para ser julgada, podendo ser pautada a sessão de julgamento Popular.
Na mesma decisão o magistrado manteve a prisão preventiva de Gil Romero Machado Batista e José Nilson Azevedo da Silva, que estão presos desde a época do crime. O processo tramita em segredo de justiça.
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Denúncia
Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), Gil Romero e José Nilson mataram Débora, que estava grávida de 8 meses. O crime teria ocorrido no dia 30 de julho de 2023, por volta de 00h40, na Usina Termoelétrica Mauá 2, localizada da Estrada da UTM, bairro Mauazinho, zona Leste de Manaus.
Em depoimento, Gil Romero disse que matou Débora asfixiada com fio elétrico e, com uma faca, abriu a barriga dela e retirou a criança, pondo-a em um saco plástico e jogando-a no rio. De acordo com o primeiro depoimento, os dois acusados puseram o corpo de Débora em um tonel e atearam fogo.
Essa versão foi desmentida depois que os familiares de Débora encontraram uma ossada de bebê enterrada próximo do local onde encontraram o corpo da jovem. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado e removeu os ossos para fazerem exames de DNA. Um mês depois foi confirmado que a ossada era do bebê de Débora.