Carla Silva, irmã de Clisia Lima da Silva, que foi assassinada pelo marido, o engenheiro mecânico Edson Fernando Sales Cardoso, expressou sua dor e indignação após a morte da irmã. O corpo de Clisia foi encontrado boiando em um açude do rio Jaguari, no interior de São Paulo na quarta-feira (30/10).
“A gente não tem familiares próximos a ela. Para chegar uma notícia dessas, eu peguei um voo às pressas, consegui uma passagem de última hora para chegar aqui e fazer o reconhecimento do corpo da minha irmã. Eu queria tanto que não fosse ela”, desabafou em uma entrevista ao jornal Bragança.
Carla afirmou que espera que o ex-cunhado pague pelo crime.
“O que ele fez, eu espero que ele pague por muitos e muitos anos. Que a lei se cumpra e que isso sirva de alerta para muitas mulheres. Que abram os olhos e denunciem, porque isso é um caso muito sério que tem que acabar, que tem que ser denunciado”, afirmou.
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O Caso
O corpo de Clisia foi encontrado boiando em um açude do rio Jaguari, nas proximidades da rodovia José Augusto Freire, no bairro Barrocão, no município de Piracaia, no interior de São Paulo.
O principal suspeito do crime é o marido, o engenheiro mecânico Edson Fernando, que foi localizado em Extrema, no sul de Minas Gerais, e está sob custódia da Justiça de São Paulo, na delegacia de Piracaia.
Segundo o delegado Luiz Carlos Zilioti, titular da unidade policial de Piracaia, “não há dúvidas que Edson Fernando cometeu o crime e pode ter sido auxiliado por alguém”. Edson Fernando preferiu se manter em silêncio durante o interrogatório.
O laudo do IML apontou como causa da morte de Clisia politraumatismo craniano e na coluna, causado por pancadas. Clisia era natural de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus) e deixa uma filha de 17 anos.
O corpo de Clisia deve chegar em Manaus na madrugada de domingo (03/11), onde acontecerá a despedida da família e dos amigos. O local do velório ainda não foi definido.