Uma campanha do salão de beleza Belle Femme para o Dia das Mães causou críticas nas redes sociais após utilizar uma imagem de Djidja Cardoso – ex-sinhazinha do Boi Garantido –, ao lado da mãe, Cleusimar, e do irmão, Ademar. Mãe e filho foram condenados pela Justiça do Amazonas a 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão por tráfico de drogas e associação para o tráfico envolvendo o uso de cetamina.
O uso da imagem foi criticado por internautas, que consideraram a escolha insensível e desrespeitosa. O salão é, inclusive, de propriedade da própria família Cardoso, o que intensificou a reação negativa. Para muitos, a tentativa de promover o negócio usando a imagem da jovem falecida ignora o luto e as circunstâncias trágicas do caso.

O que mais chamou atenção foi o fato de o salão Belle Femme pertencer à própria família de Djidja. O local ficou no centro das investigações após a morte da ex-sinhazinha e chegou a ser citado como um dos espaços usados por integrantes da seita “Pai, Mãe, Vida” para atividades ligadas à doutrina liderada por Cleusimar, mãe da jovem. Tanto ela quanto o irmão, Ademar, são réus no processo que apura envolvimento com o uso sistemático de cetamina e práticas abusivas que teriam contribuído para o estado mental e físico de Djidja antes de sua morte.
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De acordo com a investigação da polícia, a família de Djidja fundou o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso indiscriminado da droga sintética, conhecida por causar alucinações e dependência. Além da mãe e do irmão de Djidja, estão presos um coach, o proprietário e o sócio de uma clínica veterinária suspeita de fornecer a substância ao grupo.
Dos sete condenados, a ex-gerente do salão de beleza, Verônica da Costa Seixas, e o ex-noivo de Djidja, Bruno Roberto, estão em liberdade provisória e poderão recorrer em liberdade. Já os demais, vão cumprir suas penas no regime fechado, conforme a sentença judicial.