Faleceu na madrugada de segunda (12/8) o escritor, jornalista e dramaturgo amazonense Márcio Souza. Segundo familiares, ele passou mal na noite de domingo e foi levado um Serviço de Pronto Atendimento (SPA), na capital amazonense. Ele sofria de diabetes, e teve uma parada respiratória.
Autoridades e políticos amazonenses estão lamentando a morte do escritor.
O Governador Wilson Lima decretou luto oficial no Amazonas por três dias. Em nota oficial, o governador se solidarizou com familiares e amigos do autor e ressaltou “a importância que Marcio Souza teve para o estado, contando a história do Amazonas e da Amazônia para o mundo com imenso e singular brilhantismo”.
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), também lamentou a morte do dramaturgo
“Recebi com muita tristeza a notícia do falecimento do escritor e dramaturgo amazonense. Márcio Souza foi referência na literatura, no cinema e teatro, nas artes em geral, deixando um grande legado de obras. Que Deus conforte o coração de familiares e amigos, na certeza do reencontro no retorno de Jesus Cristo”, disse o prefeito.
O senador Eduardo Braga (MDB) também lamentou a morte de Márcio Souza em post no X, e relembrou grandes obras do autor amazonense. Veja abaixo:
A Academia Amazonense de Letras também lamentou a morte, relembrando a sua trajetória. ”O acadêmico ocupava a quarta Cadeira de n.º 25: Tratava-se da Cadeira originalmente patrocinada por Aluízio Azevedo, da qual foi fundador Raul de Azevedo (1918). Em maio de 2019, durante sua passagem pela Academia Amazonense de Letras, lançou pela Academia sua primeira obra literária intitulada “Teatro Seleto”.
A Editora Valer fez uma publicação em homenagem a Márcio Souza, ”A editora Valer lamenta profundamente a morte do autor, que foi acima de tudo um dos grandes intelectuais da nossa Amazônia. Traduzido para diversas línguas. Uma das mais importantes vozes da moderna literatura brasileira.”
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Márcio Souza foi um dos maiores nomes da literatura e da cultura no estado. Ele nasceu em Manaus em 1946, estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e escreveu grandes obras literárias como Galvez, O Imperador do Acre; A Caligrafia de Deus; Lealdade, pelo qual recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 1997; e Mad Maria, seu livro de maior destaque e que deu origem à minissérie de mesmo nome, de Benedito Ruy Barbosa, produzida pela TV Globo em 2005.
Também trabalhou como diretor de cinema, tendo comandado o filme A Selva, lançado em 1970.
Ele foi, ainda, professor assistente na Universidade de Berkeley e escritor residente nas universidades de Stanford, Austin e Dartmouth, além de ter sido diretor da Biblioteca Nacional e presidente da Funarte. Atualmente, atuava como diretor da Biblioteca Pública do Amazonas e ocupava a cadeira de nº 25 da Academia Amazonense de Letras.
Ainda não foram divulgadas informações sobre velório e sepultamento.