Amazonas tem muitas atrações a oferecer ao Marca Amazônia, programa que integra turismo na região

A Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) apresentará na exposição World Travel Market, que acontece em novembro em Londres, Inglaterra, a iniciativa “Marca Amazônia”, uma estratégia conjunta dos sete Estados da Região Norte para promover o turismo regional no mercado internacional.
A Marca Amazônia é uma estratégia conjunta resultado da parceria entre a Embratur e o programa Rotas Amazônicas Integradas (RAI), com o objetivo de unificar a divulgação dos destinos do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins sob uma identidade comum.
O projeto busca consolidar a Amazônia como destino turístico integrado e fortalecer o turismo de base comunitária com foco em geração de renda e valorização das populações locais.

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Potencial enorme para o Amazonas
O Amazonas, um dos estados que compõem a nova marca, recebeu 132.559 visitantes no primeiro quadrimestre de 2025. Desse total, 96.277 eram turistas nacionais e 32.082 estrangeiros. O número representa crescimento em relação ao mesmo período de 2024, quando o estado registrou 113.911 visitantes.
No ano anterior, o Amazonas teve aumento de 18,2% nas chegadas internacionais, com 28.400 turistas estrangeiros. Segundo a Amazonastur, o setor movimentou cerca de R$ 189,8 milhões em 2023, resultado das 168 mil viagens domésticas realizadas no estado.
Com a implantação da Marca Amazônia, os governos estaduais esperam ampliar a visibilidade da região no cenário turístico global e atrair novos fluxos de visitantes interessados em conhecer os destinos da floresta e das comunidades amazônicas.
Atrações do Amazonas para a RAI
E o Amazonas tem muito a oferecer para a composição da Marca Amazônia, tanto em diversidade de atrações como em períodos do ano mais favoráveis a integração com os outros Estados, sempre com qualidade para atender aos públicos mais exigentes do País e os turistas internacionais.
Queridinha do momento, a rota do rio Negro é favorecida pelo período de vazante das águas, com atrações principais concentradas nos municípios de Novo Airão, na Região Metropolitana de Manaus (RMM), e Barcelos, no Médio Rio Negro.
Além de hotéis dedicados ao público que paga mais caro, como o Anavilhanas Lodge, que fica no meio de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), o Mirante do Gavião e o Park Suites tem crescido com a frequência de hóspedes dispostos a pagar mais caro por uma experiência única na Amazônia.
“Nosso público é formado por empresários, profissionais liberais como médicos, celebridades, cantores e turistas internacionais”, diz Paula Guimarães, gerente de um dos principais hotéis da cidade, que neste ano ganhou uma nova opção, o Açaí, que está localizado no meio da maior plantação de açaí de cultivo da região.
Em Barcelos, a grande janela para o turismo está na pesca esportiva, que segundo o presidente da Amazonastur, Marcel Alexandre, vai captar ao menos 40 mil pescadores até março do próximo ano. Os operadores de turismo estão ainda mais otimistas, pois houve reformas no aeroporto, a cidade teve sua estrutura melhorada e o peixe principal de interesse dos turistas, o tucunaré, está abundante.

Outro potencial do Amazonas
No outro extremo do Amazonas, no rio Roosevelt, município de Novo Aripuanã, localizado na região do Alto Rio Madeira, uma pousada exclusiva reina absoluta com ecoturismo, pesca esportiva e turismo de natureza, destacando-se a observação de pássaros, algumas das principais linhas de atuação da RAI.

Trata-se da Amazon Roosevelt, que tem foco no público estrangeiro. Para se ter ideia desta característica, o turista só chega lá por avião e uma pista de pouso na pousada fica permanentemente lotada durante a estação principal. O rio, que até o início do século passado era conhecido como rio da Dúvida, foi rebatizado após uma expedição comandada pelo ex-presidente dos EUA, Theodore Roosevel, ter passado pela região acompanhando uma expedição chefiada pelo Marechal Candido Rondon.

Turismo de cultura, uma força do Amazonas
Outra aposta da Amazonastur para inserir o Amazonas na RAI, e com o maior potencial de Marca Amazônia, é o turismo cultural, cujo astro maior no Estado é o Festival Folclórico de Parintins, que neste ano recebeu quase 120 mil turistas, quase a metade vindos de outros estados brasileiros, mas com um potencial gigantesco para atrair o turista estrangeiro que esteja passando pela região.
Para Marcel, Parintins é uma força tão grande que pode alavancar outros atrativos nos demais municípios do Estado. O primeiro município beneficiado é Manaus, pois antes de partir para a Ilha do Folclore quase todos os visitantes passar um dia na capital amazonense. Neste ano, a rede hoteleira da cidade registrou um aumento de quase 60% na ocupação de leitos antes da festa de Garantido e Caprichoso.
“Com Parintins forte, é alta a capacidade de impulsionar outros eventos como a Festa do Guaraná, que é realizado nas praias de Maues; o Festival de Cirandas, em Manacapuru; e até mesmo o Festribal, na distante São Gabriel da Cachoeira”, afirma Clara Guzman, que trabalha com uma agência de turismo receptivo em Manaus.






