De janeiro a setembro de 2024, foram registrados 2.378 acidentes por animais peçonhentos no Amazonas, sendo a maioria com serpentes (1.427), seguidos de escorpião (364) e aranha (255). Em 2023 (janeiro a dezembro), foram registrados 3.158 casos. O levantamento foi divulgado, nesta sexta-feira (04/10), pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP).
Para receber atendimento médico, a população pode buscar 96 pontos de atendimento, sendo que 65 estão distribuídos em serviços de saúde localizados nos 62 municípios do Amazonas, três em zonas rurais, dez em Pelotões Especiais de Fronteira (PEF’s) e 18 em polos base de saúde indígena. A inclusão desses pontos de soroterapia antivenenos em polos base de saúde indígena fazem parte de iniciativa de descentralização de soro antiveneno.
De acordo com a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, a descentralização é necessária para facilitar o acesso ao soros em tempo oportuno, evitando agravamento do caso. “A rapidez no atendimento é estratégico. Em casos de acidentes por animais peçonhentos, é preciso procurar um serviço de saúde imediatamente”, destaca.
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Segundo o gerente de zoonoses do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Deugles Cardoso, a atenção deve ser dobrada quando o paciente se tratar de crianças ou idosos. “Em acidente por animal peçonhento, as crianças e idosos apresentam maior risco de agravamento da intoxicação, mas, independente da faixa etária é importante buscar unidade de saúde o mais rápido possível”, disse.
Recomendações
Em caso de acidente por animais peçonhentos, as orientações são:
– Buscar unidade de saúde imediatamente;
– Se houver tempo, fazer a limpeza do local da agressão ou picada;
– Manter o paciente em repouso;
– Se possível, manter elevado o membro agredido do paciente
– Na unidade de saúde, relatar detalhes do animal agressor. Essa informação ajuda a equipe de saúde a definir qual o tipo de soro a ser usado
Prevenção
Para prevenção a acidentes por animais peçonhentos:
– Manter ambientes limpos e organizados: evitar o acúmulo de entulhos, materiais de construção e lixo, que podem servir como abrigo para animais peçonhentos;
– Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): em áreas de risco, como florestas, sítios e áreas rurais, é essencial o uso de botas, luvas e perneiras para evitar picadas e mordidas;
– Atenção ao vestuário: ao vestir roupas e sapatos que estiveram guardados por longos períodos, é importante verificar se não há presença de animais peçonhentos;
– Inspeção periódica em residências e áreas de convívio: realizar vistorias frequentes em quintais, jardins e ambientes domésticos para identificar e remover possíveis abrigos de animais peçonhentos.