Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora o avanço do focos de queimadas sobre o estado, revelam um cenário alarmante: Somente entre a quarta-feira (21) e o sábado (24), o Amazonas registrou 1.043 focos de incêndios.
Eles se somam ao total para este setembro: 7.286 focos de calor no mês, que já é considerado o pior dos últimos 24 anos. O consolidado do ano também assusta: são 17.198 incêndios somente em 2022 – o pior cenário desde 1998, quando o Inpe começou a fazer o monitoramento das queimadas.
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Somente no dia 21 de setembro, que é, inclusive, considerado o dia da árvore, o Amazonas teve mais de 500 incêndios. No mesmo período (21 a 24 de setembro), só que em 2021, o Amazonas teve apenas 245 focos de calor. O aumento na comparação entre os dois anos é de 325%.
A área que mais pega fogo é o Sul do estado, onde se concentram setores ligados ao agronegócio. Lábrea e Boca do Acre são os municípios do estado com o maior número de queimadas. Ambos ficam na chamada linha do fogo. Isso porque, além das altas temperaturas normais para o período, a região também registra os maiores números de desmatamento e queimadas.