O governador Wilson Lima anunciou que a capital do Amazonas será a sede do próximo encontro dos gestores estaduais da região, o 26º Fórum de Governadores da Amazônia Legal. O anúncio de Lima aconteceu no 25º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal em Cuiabá, MT, encerrado nesta sexta, 16.
O encontro deverá acontecer no segundo semestre de 2023.
O fórum deverá focar debates no protagonismo que a população local deve ter nas discussões nacionais e internacionais sobre a região.
Lima disse:
“A gente tem uma janela muito importante porque o mundo hoje fala sobre a Amazônia, o mundo hoje fala sobre meio ambiente, a vinda da COP para o Brasil, em Belém, é um sinal muito importante do mundo e não tem como a população da Amazônia não ser protagonista nesse processo. O Consórcio da Amazônia é um instrumento legal para que efetivamente isso aconteça. A gente não pode de forma nenhuma abrir mão desse protagonismo, de colocar a realidade, a complexidade que a gente vive na Amazônia”.
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O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que possui personalidade jurídica desde 2019, é uma iniciativa conjunta dos governadores dos nove estados que compõem a Amazônia Legal para criar e impulsionar o desenvolvimento sustentável com base em políticas e estratégias comuns.
No final deste encontro, o Consórcio da Amazônia Legal decidiu pela criação de uma Frente Parlamentar Mista para a Defesa da Amazônia, que deverá reunir deputados e senadores para reforçar as discussões de temas comuns importantes para o desenvolvimento e preservação da região.
Ainda no evento, os chefes de estado assinaram a Carta de Cuiabá, com o posicionamento dos gestores que será direcionado à Cúpula da Amazônia, que acontece no Brasil em agosto. A reunião terá os oito países que partilham o território da Amazônia e tem o objetivo de produzir uma posição de consenso a respeito da floresta que será levada a debates globais sobre ação climática.
Participaram, além de Wilson Lima e de Mauro Mendes, que governa Mato Grosso, os governadores dos estados do Amapá, Clécio Luís; do Acre, Gladson Cameli; de Rondônia, Marcos Rocha; de Roraima, Antônio Denarium: e do Pará, Helder Barbalho, que também preside o presidente do Consórcio Amazônia Legal; além de secretários estaduais e outras autoridades convidadas.
Lima fez questão de ressaltar a importância de levar em conta a população quando se analisa políticas ambientais para a Amazônia:
“O Brasil constrói uma relação internacional muito significativa de abertura de diálogo, mas essa abertura de diálogo e esse gesto do Brasil não podem ser feitos colocando nossa população de joelhos, porque vai chegar um momento em que a nossa população vai virar pedinte se a gente continuar na pegada que tem sido feito. Nós temos potenciais econômicos significativos e não há outro jeito de garantir a proteção da floresta. Não se protege a floresta com pobreza”.