O ex-deputado federal Francisco Praciano (PT) esteve hoje no estúdio da Onda Digital para ser entrevistado no programa “Meio-Dia com Jefferson Coronel” e falou sobre sua candidatura a deputado estadual nas eleições deste ano e o apoio da sua legenda a Omar Aziz e Eduardo Braga, candidatos ao Senado e ao Governo do estado, respectivamente. O vereador Sassá da Construção Civil (PT), candidato a deputado federal, também participou da conversa via telefone.
Sobre ter deixado antes do final a convenção do PT que oficializou o apoio a Braga no último sábado, 30, Praciano disse:
“Convenção é um detalhe, acho uma coisa pobre, nem precisava ter ido ou ficado lá muito tempo. Elas indicam vários candidatos, mas não há uma discussão sequer de programa de governo de ninguém. Estarei nos comícios, mas tô vendo a mesma coisa de sempre acontecer. A mesmice me incomoda. Hoje tenho uma pauta, a do Lula, e gostaria de vê-la abordada. Omar e Braga vão trabalhar a favor dela? Vão trabalhar pra recuperar os direitos do trabalhador? Vão acabar com essas privatizações exageradas que estamos vendo? O povo tem que saber qual o programa do Praciano, o do Braga. Só sei que vou cuidar da minha campanha. Temos que saber qual o programa de todo mundo. O governador, seja quem for, terá à disposição para gastar 130 bilhões de reais. Quem fiscaliza isso são os políticos, então vote consciente”.
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Sobre o apoio a Aziz e Braga, Sassá comentou:
“Minha relação com o Omar é muito boa, ele conversou com a militância, com o partido, prometeu revogar reforma trabalhista e da previdência. Sempre vou estar do lado do trabalhador. Quem me botou no poder foi o trabalhador, e sei que nosso partido nunca ficará contra o trabalhador. Se o Braga prometer que vai trabalhar em cima disso aí, estaremos abertos a conversar”.
E sobre sua plataforma caso reeleito deputado federal, Praciano disse:
“Não tem nada garantido na Zona Franca de Manaus. Precisamos constitucionalizar a nossa vantagem. A Constituição disse que os benefícios da ZFM são garantidos, mas medidas para o resto do Brasil podem acabar com a vantagem da ZFM. Junto com o Lula, vamos lutar para constitucionalizar a proibição de se mexer na Zona Franca.
Caso eleito, eu começaria discutindo meu programa com a sociedade. Em primeiro lugar, garantir a segurança jurídica na ZFM, brigar e cobrar do Lula. Se qualquer projeto tentar tirar a vantagem comparativa da ZFM, ele deve ser considerado inconstitucional. Brasil, não queremos produzir tudo em Manaus, mas por favor deixe a gente produzindo isso. Temos que diminuir os inimigos e pressões dos nossos concorrentes. Então, vou tratar da ZFM. Economias paralelas precisam ser desenvolvidas com urgência. A Assembleia também tem que explorar a pauta indígena. Existe um projeto de transformar o Amazonas num Silicon Valley da biodiversidade, verde, que atraia ciência para gerar riquezas com a floresta em pé. A sustentabilidade tem que ser radical. Mas mineração em terra indígena, não concordo de jeito nenhum”.