O Corpo de Bombeiros encontrou, nesta terça-feira (24/12), o corpo da motorista Andreia Maria de Sousa, de 45 anos. Ela dirigia uma das carretas que transportava toneladas de ácido sulfúrico e que caiu no Rio Tocantins durante o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados de Tocantins e Maranhão.
Equipes de buscas também localizaram outros três mortos até esta terça-feira, mas 13 pessoas continuam desaparecidas.
José de Oliveira Fernandes, marido de Andreia, se emocionou durante entrevista à TV Anhanguera enquanto acompanhava as buscas, na esperança de encontrar a mulher na segunda-feira (23/12).
“Companheira de estrada. Uma pessoa maravilhosa, companheira mesmo. Nossa dói muito, perder uma pessoa assim. Não sei nem o que dizer. Para mim ela ainda está viva, não está debaixo d’água não. Passei a noite acordado, vim para cá de madrugada, fiquei olhando para ver se via alguma coisa. E não vi nada. É muito difícil”, disse.
O desabamento aconteceu no último domingo (22/12), por volta das 14h50. O vão da ponte, que fica entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), cedeu e vários veículos caíram. Andreia e José estavam trabalhando no domingo e se encontraram horas antes do acidente.
“Eu passei na ponte era umas 9h e antes de chegar em Darcinópolis minha carreta quebrou o eixo. Aí fiquei parado lá, esperando socorro. E nisso minha esposa estava vindo, carregada. Aí na faixa de 13h, quase 14h, ela se encontrou comigo lá e trouxe a marmita. Ficamos um pouco juntos ali, enquanto esperávamos o mecânico”, relembrou.
Depois que o mecânico chegou, Andreia seguiu viagem. Segundo o marido, ela esperava chegar na divisa do Pará ainda no domingo. “Nos despedimos e ela seguiu viagem. Disse que gostaria de chegar na divisa do Pará, ontem ainda. Mas infelizmente a viagem dela parou aqui”, disse emocionado.
Quatro caminhões caíram durante o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas. Por causa do material tóxico e corrosivo, as buscas dentro da água foram interrompidas.
Entre os veículos estão motos, carros de passeio, caminhonetes e quatro caminhões, Outro caminhão transportava material de MDF (fibras de madeira e resina sintética para fabricação de móveis).
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Como os caminhões submersos continham cargas perigosas, como o ácido sulfúrico e defensivos, no domingo e na segunda-feira não foi possível liberar mergulhadores para fazerem as buscas submersas.
Amostras da água foram recolhidas por órgãos ambientais federais para saber se há risco para a população e mergulhadores da Marinha também vão ajudar nas buscas por vítimas no Rio Tocantins. O Ministério Público Federal (MPF) vai apurar os danos ambientais.
Com relação à estrutura, o DNIT informou que técnicos atuam emergencialmente desde o primeiro momento e já foram enviados ao local para fazer uma avaliação e apontar as possíveis causas do acidente.
*Com informações do g1