O Exército de Israel bombardeou Beirute nesta sexta-feira (20/9), com ataques direcionados para a periferia da capital libanesa, reduto do grupo Hezbollah. Até o momento desta matéria, foram confirmadas 12 mortes e mais de 60 feridos, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. Pelo menos nove dos hospitalizados estão em estado crítico.
O ataque israelense chegou a destruir um prédio inteiro no sul de Beirute. Testemunhas ouvidas pela Reuters ouviram barulho de jato sobre a cidade na hora do ataque, e uma nuvem de fumaça pôde ser vista subindo da região.
A morte do comandante de operações do Hezbollah, Ibrahim Aqil, já foi confirmada pelas Forças de Defesa de Israel e pelas agências de notícias AFP e Reuters. Aqil era comandante da força al-Radwan, a unidade de elite do movimento xiita libanês Hezbollah. Ele havia deixado o hospital após ter se ferido nas explosões de pagers na última terça-feira (17/9), segundo a agência de notícias alemã DPA. Ele tinha 62 anos e atuava no Hezbollah há pelo menos 40.
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Aqil também era procurado pelos Estados Unidos, que o acusavam de envolvimento no ataque à embaixada americana no Líbano, em 1983, que matou 63 pessoas.
A Casa Branca afirmou que Israel não notificou os EUA antes do ataque em Beirute. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse não ter conhecimento de qualquer esforço de Israel para notificar os Estados Unidos antes de realizar o ataque.
As tensões entre Israel e o Hezbollah se intensificaram nesta semana, com o grupo terrorista acusando o governo judeu de causar explosões coordenadas de pagers e dispositivos de comunicação usados pelo Hezbollah, por várias regiões do Líbano nos últimos dias. 37 pessoas morreram e milhares ficaram feridas. Israel não assumiu responsabilidade pelas explosões.
Com informações de UOL