Série histórica de 2014 a 2021 mostra que, em Manaus, as nove principais vacinas aplicadas no primeiro ano de vida tiveram queda de cobertura neste período e que apenas a BCG, que protege contra formas graves da tuberculose e é aplicada nas maternidades logo após o nascimento, se mantém acima da meta. A imunização, no entanto, caiu 134% em 2014 para 98,6% em 2021.
Durante o I Fórum Municipal de Vacinação, realizado pela Prefeitura de Manaus, na manhã desta quarta-feira (16) no Distrito Industrial, zona Sul, a titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Shádia Fraxe, chamou atenção para a redução gradual da cobertura vacinal na capital e alertou para o risco elevado do retorno de doenças imunopreveníveis, já controladas ou erradicadas no país, como o sarampo e a poliomielite.
Com o tema “Imunoprevenção, uma responsabilidade de todos”, o fórum reuniu gestores e especialistas para discutir o tema e mobilizar profissionais e instituições da esfera pública e privada, para a promoção de estratégias que permitam a recuperação dos percentuais de vacinação adequados para as vacinas disponíveis, em especial as destinadas às crianças de 0 a 14 anos.
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Responsável pelo tema de abertura, “Contexto da Imunização em Manaus”, Shádia apresentou os índices de cobertura vacinal para as principais doenças de monitoramento nacional e destacou a necessidade de estratégias conjuntas para ampliar a adesão da população às vacinas disponíveis e garantir a elevação dos índices de cobertura vacinal ao patamar mínimo de 95%, conforme recomenda o Ministério da Saúde.
“O nível de cobertura vacinal no Brasil está em queda desde 2015, nos aproximando do que tínhamos na década de 1980, o que é triste e inadmissível”, disse a secretária.