“Foi um ataque eleitoreiro. Quem colocou o terrorismo foram aqueles que nada fizeram para construir alternativas econômicas”, sentenciou o pré-candidato ao Senado pelo Amazonas, Coronel Menezes (PL), sobre a mobilização de parlamentares e políticos amazonenses contra a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciada pelo governo federal que prejudicaria a Zona Franca de Manaus.
“Quando o decreto foi editado, houve um terrorismo político muito grande. Todos os atores falaram que seria um golpe de morte. Chamaram o Paulo Guedes de imbecil e incompetente, disseram que o desemprego ia aumentar”, comentou o ex-candidato a prefeito de Manaus.
Durante entrevista à rádio Onda Digital na manhã desta segunda-feira (14), Menezes negou que a bancada amazonense teria sido a principal responsável pela mudança de posicionamento do Executivo em relação à medida e assumiu para si o protagonismo das negociações.
“Não seria confrontando o presidente que teríamos a construção. Conversei com ele falando como o decreto nos atingiria. Disse que teríamos que excluir os produtos do PPB (Processo Produtivo Básico) desse decreto. O presidente argumentou que a equipe econômica sugeriu uma redução de 50%, ele falou que propôs 25%“, relatou Menezes, que atuou na presidência da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
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Menezes afirmou ainda que selecionou de forma criteriosa os representantes do Amazonas na reunião sobre o tema realizada com o presidente Bolsonaro e com Paulo Guedes na quinta-feira (10), da qual participaram o governador Wilson Lima (União Brasil), o presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, e o presidente do PL, Alfredo Nascimento, partido de Bolsonaro ao qual Menezes se filiou no último sábado (12).
“Sou o único candidato a Senador indicado pelo presidente. É necessário esclarecer isto. Nas eleições, vai aparecer um pessoal oportunista que vai se declarar bolsonarista”, afirmou.