Ao participar hoje do programa Fiscaliza Geral da rádio Onda Digital, o deputado estadual Sinésio Campos (PT) falou sobre as novas ações da CPI da Energia e comentou sobre o suposto perjúrio (crime de mentira sob juramento) que o diretor-presidente da Amazonas Energia, Radyr de Oliveira, teria cometido no seu depoimento. Ao depor sobre a prática do “encontro de contas” à CPI e sua relação com a iluminação pública, Oliveira teria afirmado que ela não ocorre, mas o deputado diz o contrário.
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Nessa prática, a concessionária retém parte ou todo o valor arrecadado para pagar as faturas de iluminação pública, sem repassar nada ao município para abater do montante. Na conversa, Sinésio explicou o conceito do “encontro de contas”: “É a mesma coisa do netinho pegar o cartão da aposentadoria da sua vó, e ele mesmo negociar e fazer o saque do dinheiro. É indevido. O dinheiro da iluminação pública é para a iluminação pública. A Amazonas Energia está se apropriando desse dinheiro, sob a justificativa de dívidas da prefeitura. Ou seja, a prefeitura que pague. Ora, o povo não pode pagar dívida da prefeitura com o dinheiro da iluminação pública”.
O deputado continuou: “Isso é crime, e o senhor Radyr afirmou que isso não acontecia. Que os valores estariam sendo repassados normalmente para as prefeituras. Se na primeira prefeitura que visitamos isso já aconteceu, é considerado normal, então provavelmente as outras vão afirmar a mesma coisa. E ainda tenho mais sete municípios para visitar”.
Sinésio falou também sobre o crime de perjúrio e possibilidade de pena de prisão. “Vai depender de uma ação do próprio Ministério Público. Ele [Radyr] vai ser reconvocado, estará dia 11 de março de novo na CPI a partir das 14h. Mas o MP pode assumir de imediato essa providência”.
Da Redação.