O velório do escritor Márcio Souza, que morreu na madrugada desta segunda-feira (12/08), é marcado por grande emoção e homenagens de amigos e familiares que dão o último adeus ao dramaturgo. O velório acontece no Centro Cultural Palácio Rio Negro.
Conforme a família e a assessoria do autor, Márcio passou mal na noite de domingo e foi para um SPA na capital amazonense. Teve crise de diabete e uma parada respiratória. O sepultamento ocorre nesta terça-feira (13/08), às 16h, no Cemitério São João Batista.
Nascido em Manaus, em 1946, Márcio Souza foi um dos maiores nomes da cultura amazonense. Atuou em diversas frentes das artes e da cultura no estado do Amazonas, se destacando especialmente na literatura e no teatro.
Márcio Souza nasceu em Manaus-AM em 1946. É romancista, diretor de teatro e ópera. Estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo e escreveu críticas de cinema e artigos em diversos jornais e revistas brasileiras, como Senhor, Status, Folha de S. Paulo e A Crítica.
Em 1976, lançou seu primeiro romance, Galvez: Imperador do Acre, sucesso de crítica e de vendas. Como administrador, foi diretor de planejamento da Fundação Cultural do Amazonas, diretor da Biblioteca Nacional e presidente da Funarte.
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Foi professor assistente na Universidade de Berkeley e escritor residente nas universidades de Stanford, Austin e Dartmouth. Como palestrante, foi convidado pela Universidad de San Marcos, Sorbonne, Toulouse, Aix-en-Provence, Heidelberg, Coimbra, Universidade Livre de Berlim, Harvard e Santiago de Compostela.
Dirigiu o Teatro Experimental do Sesc (Tesc) do Amazonas, hoje extinto. Foi presidente do Conselho Municipal de Política Cultural. É membro da Academia Amazonense de Letras.
Escreveu, dentre outras, as peças: As folias do látex, A paixão de Ajuricaba e Carnaval Rabelais, e os romances Mad Maria, Operação silêncio e O fim do Terceiro Mundo.
A editora Valer, responsável pela publicação de várias obras literárias de Márcio, lamentou a morte do escritor, que foi acima de tudo um dos grandes intelectuais da nossa Amazônia. Traduzido para diversas línguas. Uma das mais importantes vozes da moderna literatura brasileira.
“Para nós, da editora Valer, essa é uma notícia que nos pegou desprevenidos, porque sempre esperávamos mais obras de Márcio e, também, de desfrutar da sua companhia, dado que ele era um dos maiores conhecedores das Amazônias e um dos nossos maiores intelectuais, um grande conhecedor da literatura, do teatro e do cinema. Nós lamentamos profundamente a morte de Márcio Souza”, disse Neiza Teixeira, coordenadora editorial da Valer.