Janeferson Aparecido Mariano, 48, conhecido como Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, 48, o RE, foram mortos a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital) na Penitenciária de Presidente Venceslau (SP), um dos principais redutos da facção criminosa. Nefo foi apontado como o líder do plano para sequestrar o senador Sérgio Moro (União Brasil/PR) em 2023, e RE era considerado um homem forte da organização.
Segundo fontes do sistema prisional, Nefo e Rê teriam falado demais e, por isso, acabaram mortos a mando da célula restrita do PCC. Essa célula seria responsável por coordenar atentados terroristas e ataques contra prédios públicos e autoridades, como promotores de Justiça, políticos, policiais e agentes penitenciários.
Nefo e mais oito pessoas foram presas em março do ano passado pela Polícia Federal durante a Operação Sequaz, deflagrada para desarticular a quadrilha liderada por ele. Além de Moro, o bando intencionava matar o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.
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Os acusados foram identificados pela PF a partir de denúncia feita por um ex-integrante do PCC ao Gaeco (Grupo de Atuação especial e de Combate ao Crime organizado), de Presidente Prudente, subordinado ao MP-SP) Ministério Público do Estado de São Paulo).
Esse delator era ameaçado de morte por Nefo, que segundo ele pertence ao PCC e seria o chefe da célula da facção responsável pela organização da ação terrorista. Esse homem forneceu nomes e números de telefones dos envolvidos no planejamento do ataque.
De acordo com o plano informado pelo delator, Sérgio Moro deveria ser sequestrado para servir como moeda de troca para a libertação de líderes do PCC recolhidos em presídios federais, especialmente nas Penitenciárias de Brasília (DF) e de Porto Velho (RO).
*Com informações de UOL