O presidente municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Manaus, Valdemir Santana, divulgou uma nota pública de desagravo ao presidente Lula e a presidente nacional da sigla, Gleise Hoffmann, após a pré-candidata à Prefeitura de Manaus pelo partido, Anne Moura, afirmar em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo neste domingo (21/04), que estaria sofrendo “violência de gênero” por parte de membros do diretório municipal da sigla.
A nota assinada por Valdemir Santana não cita o nome de Anne Moura. O texto cita que uma companheira do partido alega estar sofrendo violência política de gênero, após três pré-candidatos retirarem a sua candidatura para apoiar outro pré-candidato do PT em Manaus, o ex-deputado Marcelo Ramos.
Confira nota:
Valdemir Santana afirma que a nota foi feita para esclarecer que a filiação do ex-deputado federal, Marcelo Ramos, teve uma boa aprovação entre os dirigentes da sigla, em resposta à candidata que alega está sofrendo violência de gênero.
“Nós filiamos o companheiro Marcelo, né, não tem problema, foi 100% de aprovação na executiva, sem rejeição nenhuma do companheiro, é um prazer ter o Marcelo aqui”.
Saiba mais:
“Não é todo bolsonarista que não me ouve”, diz pré-candidato Marcelo Ramos
Pesquisa Pontual: Marcelo Ramos cresce e inviabiliza Anne Moura
O presidente do PT na capital amazonense também declarou que não houve a desistência dos três pré-candidatos à Prefeitura de Manaus pelo partido: Anne Moura, Sinésio Campos e Marcelo Ramos, e que haverá uma reunião com a Executiva Municipal em breve.
“Que fique bem claro que não houve desistência de ninguém, em decorrência daquilo, que ainda temos três pré-candidatos, que é a companheira Anne, o companheiro Sinésio e o companheiro Marcelo Ramos, que nós vamos reunir agora, quarta-feira, a Executiva Municipal, para definirmos como é que a gente vai reunir o diretório municipal para definir o nosso nome para discutir com a Federação”.
“Não houve rechaçamento de nada. Primeiro, a direção do Partido dos Trabalhadores é 50% de mulheres e 50% de homens. Que fique bem clara essa história toda, que não existe perseguição, que não existe essa coisa disso, daquilo. Não existe isso. Por isso que a gente fez essa nota. Nós vamos discutir o que for melhor para Manaus e o que for melhor para o Partido dos Trabalhadores e o nosso candidato ou candidata tem que ir para o segundo turno”’.
Santana reiterou que o candidato escolhido pela sigla vai discutir com a Federação sobre o melhor que poderá ser feito e que “não permite interferência”.
“O nosso candidato vai discutir com a Federação o que for melhor para a Federação a ser feito, isso, tá bom? Nós não permitimos que haja a interferência de ninguém e nem disso ou daquilo. O importante é que o PT vai ter o seu candidato ou candidata discutindo no Diretório, é assim que é feito a direção do nosso partido dos trabalhadores”.