O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira (15/04), que o Brasil “condena sempre qualquer forma de violência” ao ser questionado sobre os ataques com drones do Irã a Israel no sábado (13/04).
O Itamaraty disse acompanhar com “grave preocupação” os desdobramentos da ofensiva no Oriente Médio. O texto acabou sendo criticado por não condenar veementemente o Irã. À imprensa Vieira argumentou que a nota foi escrita ainda na noite de sábado, quando todo o movimento começou.
“Nós manifestamos o temor de que o início da operação pudesse contaminar outros países. Não tínhamos claros a extensão e o alcance das medidas tomadas”, afirmou o chanceler.
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Sobre o ataque do Irã, Mauro Vieira disse que “o Brasil condena sempre qualquer ato de violência e conclama sempre o entendimento entre as partes”.
Sem defender Irã ou Israel, o chanceler disse que em mensagens anteriores o Brasil citou “potencial destrutivo” dos ataques. O Itamaraty lembrou já ter sinalizado a possibilidade de as hostilidades na região se espalharem para países vizinhos, como Cisjordânia, Líbano, Síria, Iêmen “e, agora, o Irã”.
Reação
No domingo, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, reclamou sobre o teor da nota. Ele afirmou que “procurou, mas não achou nenhum tipo de condenação” no comunicado do Itamaraty.
“Fiquei muito desapontado”, afirmou Zonshine, em mais uma polêmica em relação ao governo brasileiro.
“Acho que, quando há este tipo de ataque, de um país em seu território contra outro país, e o Brasil aceita isso, ou pelo menos não condena, me deixa muito desapontado. Espero que não continuem com este tipo de mensagens”.