Dois funcionários brasileiros, no mínimo, foram demitidos da embaixada da Hungria em Brasília (DF) como punição pelo vazamento de imagens do circuito interno do local que mostram a estadia de dois dias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o Carnaval. Na ocasião, uma tentativa de golpe de Estado no Brasil estava sendo investigada.
A CNN Brasil apurou que, mesmo sem comprovar a participação dos funcionários na divulgação dos vídeos, a representação húngara preferiu dispensar os brasileiros. Eles tinham acesso ao monitor que exibe imagens em tempo real.
Desde que o jornal norte-americano The New York Times divulgou vídeos que comprovam que Bolsonaro passou duas noites na embaixada, onde não poderia ser preso, a representação diplomática abriu uma apuração interna. A intenção é tentar descobrir como a informação e os vídeos foram parar na imprensa estrangeira.
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Ainda que no período de visita de Jair Bolsonaro houvesse menos funcionários circulando no local, devido ao feriado de Carnaval, os brasileiros que trabalham na embaixada entraram na mira das investigações internas.
A CNN procurou a embaixada da Hungria e solicitou entrevista com o embaixador Miklós Halmai. Apesar de vários pedidos, não houve nenhum retorno.
Halmai foi chamado na semana passada no Itamaraty para dar explicações sobre a hospedagem ao ex-presidente da República. O embaixador repetiu a versão de Bolsonaro e disse que o recebeu para conversas sobre interesses dos dois países. As respostas não agradaram o Itamaraty.
*Com informações da CNN Brasil