A Rússia prendeu 11 pessoas, incluindo quatro supostos atiradores, suspeitos de envolvimento no atentado terrorista de sexta (22/3) que deixou 115 mortos na região da capital Moscou. As informações foram divulgadas pelo governo russo neste sábado (23/03).
O atentado, reivindicado por um braço do grupo terrorista Estado Islâmico, aconteceu na casa de shows Crocus City Hall e é o pior dos últimos 20 anos na Rússia. Segundo autoridades russas, ao menos cinco homens armados invadiram o local enquanto a banda Picnic se preparava para se apresentar, e abriram fogo contra os presentes.
De acordo com o governo russo, o chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em inglês) informou ao presidente Vladimir Putin que quatro terroristas foram detidos, e os outros sete haviam participado no planejamento do ataque.
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Segundo o FSB, os suspeitos estavam fugindo em direção à fronteira com a Ucrânia, e que tinham contatos no país vizinho. O governo ucraniano ainda não se manifestou sobre o atentado, até a postagem desta matéria.
O parlamentar russo Alexander Khinshtein, aliado de Putin, afirmou que os responsáveis pelo ataque foram detidos após uma perseguição na região de Bryansk, a cerca de 350 km de onde o atentado aconteceu. Khinshtein disse que a perseguição começou após o motorista de um carro se recusar a obedecer a uma ordem de parada.
Ele disse:
“Durante a perseguição, foram disparados tiros, e o carro capotou. Um terrorista foi detido no local, os demais fugiram para a floresta. Como resultado da busca, um segundo suspeito foi encontrado e detido”.
As autoridades continuam as buscas para localizar outros dois suspeitos que escaparam.
Dentro do veículo onde estavam os suspeitos, as autoridades disseram ter encontrado armas e passaportes do Tadjiquistão.
O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque em seu canal do Telegram. Esse foi o pior atentado na Rússia desde a invasão de uma escola em 2004 em Beslan.
Com informações de G1.