A Rússia iniciou seu processo eleitoral presidencial nesta sexta-feira (15/3), com as urnas abrindo no extremo leste do país. Previsto para durar três dias, o pleito é visto como uma formalidade para a reeleição do presidente Vladimir Putin, que busca estender seu mandato após 24 anos no poder. A votação, que começou na península de Kamchatka e se estenderá até o exclave de Kaliningrado, acontece em um país marcado pela ausência de oposição significativa e pela repressão a dissidentes.
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Putin, enfrentando apenas três candidatos de baixo perfil sem oposição à sua política na Ucrânia ou à repressão interna, apelou ao patriotismo de seus eleitores. A morte de Alexei Navalny, o crítico mais proeminente do Kremlin, sob custódia em circunstâncias contestadas, somou-se ao clima de controle político. Yulia Navalnaya, viúva de Navalny, convocou os russos a votarem contra Putin, um apelo apoiado pelas esposas de soldados russos na Ucrânia.
A eleição se desenrola também nos territórios ucranianos anexados e na Transnístria, aumentando as críticas internacionais ao processo. A expectativa é que Putin, que poderá permanecer no poder até 2036 devido a uma reforma constitucional, reafirme seu domínio apesar das advertências de Moscou contra protestos. A comunidade internacional, especialmente a Ucrânia, condenou a votação como uma farsa, pedindo um repúdio ao resultado.
🇷🇺 ELEIÇÃO RUSSA: Votação iniciou hoje e seguirá até domingo.
Pesquisa presidencial:
⚫️Putin 82%
⚪️Kharitonov (Partido Comunista) 6%
🔵Davankov (Novo Povo) 6%
🔴Slutsky (Partido Liberal Democrata) 5%Pesquisa Vtsiom, março de 2024. pic.twitter.com/ly567w3KXm
— Eleições em Pauta (@eleicoesempauta) March 15, 2024
*Com informações Metrópoles