Os Houthis vão intensificar os ataques a navios no Mar Vermelho, começando a usar “armas submarinas”, em contínua solidariedade com os palestinos na guerra da Faixa de Gaza, disse o líder do grupo nesta quinta-feira (22/02).
A ofensiva com drones e mísseis no Mar Vermelho, no Estreito de Bab al-Mandab e no Golfo de Aden pelos rebeldes do Iêmen começaram em novembro de 2023, em apoio aos palestinos. “As operações nos mares Vermelho e Arábico, no estreito de Bab al-Mandab e no Golfo de Aden continuam, aumentam e são eficazes”, acrescentou Abdul Malik al-Houthi em discurso televisionado. Ele não deu detalhes sobre as armas do submarino.
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As ações do grupo estão impactando seriamente uma rota que representa cerca de 12% do tráfego marítimo global, forçando empresas a optar por uma rota mais longa e mais cara em torno de África.
O discurso do líder ocorreu no mesmo dia em que os Houthis enviaram aos transportadores e às seguradoras uma notificação formal do que chamaram de proibição de navios ligados a Israel, aos Estados Unidos e à Grã-Bretanha de navegar nos mares vizinhos, procurando reforçar a sua campanha militar.
A nota dos rebeldes é a primeira à indústria naval destacando uma proibição, e acontece na forma de dois avisos do recém-denominado Centro de Coordenação de Operações Humanitárias dos Houthis, enviados a seguradoras e empresas de transporte marítimo.
Os navios que são de propriedade total ou parcial de indivíduos ou entidades israelenses e navios com bandeira de Israel, ou que são de propriedade de indivíduos ou entidades dos EUA ou do Reino Unido, ou que navegam sob suas bandeiras, estão proibidos de navegar no Mar Vermelho, no Golfo de Aden e no Mar da Arábia, pontuaram os Houthis.
“O Centro de Operações Humanitárias foi estabelecido em Sanaa para coordenar a passagem segura e pacífica de navios e embarcações que não têm ligação com Israel”, ressaltou um integrante de alta patente do grupo armado.