Cíntia Maria Dourado Mendes, 42 anos, morreu na última segunda-feira (12/2) após contrair o vírus da dengue, no Distrito Federal. O caso dela está atraindo atenção porque ela foi atendida numa unidade de saúde e liberada, um dia antes de morrer.
Segundo os familiares de Cíntia, a dona de casa começou a se sentir mal no dia 7. No último sábado, 10, seus sintomas pioraram: passou a ter vômitos, tontura e desmaios. No domingo (11), foi levada para a tenda de acolhimento a pacientes com dengue, em Brazlândia (DF), onde recebeu a orientação de ir até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade.
O marido dela, Fabiano Vieira Mendes, disse à imprensa:
“Médicos da UPA disseram que os sintomas eram normais e a doença passaria em 14 dias. Chegaram a dizer que a falta de ar era ansiedade ou crise do pânico”.
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Ela voltou para casa naquele mesmo domingo, mas algumas horas depois ela piorou de novo e retornou à UPA. Ainda de acordo com a família dela, um enfermeiro foi buscá-la no carro de cadeiras de rodas, mas deixou ela cair no chão. Cíntia foi encaminhada ao setor dos pacientes graves, e faleceu na segunda.
O médico disse que a morte pode ter ocorrido por trombose, causada pela dengue. Fabiano conta que questionou por que não foram realizados exames e o médico respondeu que o procedimento não faz parte do protocolo adotado.
Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) informa que está aguardando o laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer a causa da morte de Cíntia.
Após a morte de Cíntia, a família registrou um boletim de ocorrência na 18ª Delegacia de Polícia. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Fabiano, o marido, disse:
“Isso que aconteceu foi negligência. Eles não fizeram exame para saber o que minha esposa tinha. Vamos até o fim em busca de Justiça. A gente sabe que não vai trazer ela de volta, mas que sirva de lição e que possa ajudar a melhorar a saúde no DF”.
Cíntia deixa também dois filhos.
*Com informações de UOL