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Joesley e Wesley Batista retornam ao conselho da Pilgrim’s

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Os empresários Joesley e Wesley Batista assumiram o cargo de membros do conselho de administração da Pilgrim’s Pride, de acordo com comunicado da companhia. Os irmãos Batista voltam à Pilgrim’s depois de se envolverem em um escândalo de corrupção no Brasil que obrigou Joesley e Wesley a deixar as empresas do grupo JBS em 2017, incluindo a produtora de frango dos Estados Unidos.

De acordo com o comunicado da companhia enviado à Securities and Exchange Comission (SEC), os irmãos Joesley e Wesley Batista assumem as cadeiras deixadas por Wesley Mendonça Batista Filho e Joanita Karoleski, que anunciaram renúncia dos cargos de membros do conselho de administração a partir de 8 de fevereiro.

A Pilgrim’s informou que as renúncias “não foram decorrentes de qualquer divergência com a companhia sobre qualquer assunto relacionado às operações, políticas ou práticas da companhia”.

A empresa também informou que, segundo o estatuto, o comitê de indicação do conselho da JBS nomeou os irmãos Batista para preencher as vagas no conselho, até que seus sucessores sejam eleitos ou até a sua renúncia ou destituição antecipada. Os irmãos não participarão de nenhum comitê e também não receberão remuneração por seus serviços no conselho.


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A JBS Wisconsin Properties, que é uma subsidiária integral e indireta da JBS, detém 83% das ações ordinárias em circulação da Pilgrim’s. A JBS é controlada pelos novos conselheiros, que detêm 100% da J&F Investimentos no Brasil e 100% da JBS Participações Societárias. A J&F e a JBS Participações detêm juntas 48,83% do capital social em circulação da JBS.

Nesta semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, recorreu da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento da multa de R$ 10,3 bilhões imposta ao grupo J&F, no acordo de leniência firmado com o Ministério Público Federal (MPF) em 2017.

Na manifestação, Gonet pediu que Toffoli reconsidere a decisão ou envie o caso para que seja analisado pelo plenário do STF. A J&F pediu a suspensão da multa até que tenha acesso integral aos documentos da Operação Spoofing, deflagrada em 2019 para investigar a troca de mensagens que indicaria uma proximidade ilegal entre procuradores da força-tarefa da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro, atualmente senador do Paraná pelo União Brasil.

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