Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do Paraguai, Santiago Peña, não chegaram a um acordo sobre a tarifa de energia da usina hidrelétrica Itaipu Binacional. Os dois se encontraram na manhã desta segunda-feira (15/01) no Palácio do Itamaraty, em Brasília, para discutir o tema. A reunião durou cerca de quatro horas e terminou sem um consenso entre os países.
O petista disse que quer finalizar a renovação do contrato o mais rápido possível e afirmou que irá ao Paraguai para seguir as negociações.
“Eu disse ao companheiro que vamos rediscutir a questão das tarifas da Itaipu. Nós temos divergência na tarifa, mas estamos dispostos a encontrar solução conjuntamente e nos próximos dias vamos voltar a fazer reunião”, afirmou.
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Posições dos governos
O paraguaio defende o aumento de 24% na tarifa que hoje está fixada em US$ 16,71 (R$ 83,33) por kilowatt-mês (kW/mês), o que faria com que o valor cobrado passasse a ser de US$ 20,75 (R$ 103,48).
Já o Brasil defende a redução ou, pelo menos, a manutenção do valor atual.
“Divergências”
Após o encontro, Lula e Peña fizeram uma rápida declaração à imprensa e disseram que vão voltar a discutir o assunto nos próximos dias.
“Nós temos divergências na tarifa, mas estamos dispostos a encontrar uma solução conjuntamente”, diz o presidente Lula.
Santiago Peña também lembrou a necessidade da revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que completou 50 anos. Esse anexo define, de modo mais amplo, as condições de comercialização da energia produzida — por exemplo, se o excedente do Paraguai precisa ser necessariamente vendido ao Brasil ou se pode ser exportado a outros países.
“Temos que olhar para o futuro. E eu sou muito ambicioso com o que podemos atingir”, diz Santiago Peña.
*com informações da CNN Brasil.