A jornalista Ekaterina Duntsova, democrata de 40 anos, e mãe solteira de três filhos foi apontada, no último dia 17 de dezembro, como a concorrente de Vladimir Putin nas eleições de 2024.
A democrata defende o fim da guerra e já passou por alguns obstáculos desde do anúncio de sua indicação. Após pedir publicamente apoio financeiro para sua campanha por meio das redes sociais, seu banco informou que sua conta estava bloqueada para depósitos, segundo ela própria contou em seu canal no Telegram.
Um apagão também marcou o início de sua campanha, durante o evento do prenúncio de candidatura.
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“Repentinamente, a energia foi desligada”, escreveu Duntsova no Telegram.
Não foram somente os cerca de 700 apoiadores ao evento de sua indicação em 17 de dezembro; a polícia também estava presente.
“Nós organizamos imediatamente uma fonte de energia de emergência utilizando um gerador”, contou.
“Haverá provavelmente outros pequenos apagões. Mas vamos superá-los juntos”, declarou.
O líder russo já anunciou sua decisão em meados de dezembro, durante uma cerimônia em homenagem a soldados, ele confirmou o que todos já esperavam: vai se candidatar pela quinta vez à Presidência da Rússia.
A jornalista de uma emissora de televisão de Rzhev, uma cidade de 60 mil habitantes a oeste de Moscou, expressa uma ideologia diferente para concorrer ao Kremlin contra o longevo líder do país.
“Hoje a situação na Rússia é assim: qualquer um que queira representar os cidadãos com visões democráticas nas próximas eleições ou está na prisão, ou tem seus direitos restritos e é processado na Justiça, ou é forçado ao exílio”, contou.
Segundo Duntsova, ela desejaria se colocar como uma alternativa real.
“Por que não uma mulher como presidente, como símbolo de moderação, gentileza e sensibilidade?”, questionou, em entrevista à DW.
*com informações DW