A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou nesta quinta-feira, 30/11, o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), por cinco crimes, incluindo organização criminosa e corrupção. O órgão também pede que Cameli seja afastado até o fim das investigações.
Cameli foi denunciado pelos crimes de organização criminosa, corrupção nas modalidades ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. Junto com ele, também foram denunciados a esposa e dois irmãos de Cameli. Ao todo, são 13 pessoas denunciadas, entre servidores, empresários e pessoas que teriam atuado como “laranjas”. Cameli seria o líder do grupo.
Os crimes teriam causado prejuízo de quase R$ 12 milhões aos cofres públicos.
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Em março deste ano, a PF já tinha bloqueado R$ 10 milhões, carros, imóveis e um avião do chefe do Executivo acreano.
Segundo a denúncia, os crimes aconteceriam desde 2019. O governador teria recebido mais de R$ 6 milhões em propina de empresas de construção — algumas que têm o irmão dele, Gledson, como sócio — para fechar contratos fraudulentos. Empresas teriam superfaturado serviços em quase R$ 3 milhões e realizado serviços diferentes dos que foram contratados para executar.
Na eleição de 2022, Cameli declarou um patrimônio de R$ 5,1 milhões. Em 2021, a PF estimava que ele tivesse quase o triplo do valor: R$ 21 milhões. Segundo a PF, a vida de ostentação do governador ajudou a torná-lo alvo das investigações. Ele seria dono de uma BMW de R$ 500 mil e a família teria uma mansão em Miami estimada em US$ 4,5 milhões (quase R$ 23 milhões).
Agora, o pedido de afastamento do governador será analisado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Cameli ainda não se pronunciou sobre a denúncia.
*Com informações de UOL