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Artista amazonense manuseia gravura rupestre em sítio arqueológico e causa polêmica

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Uma polêmica tem se formado nas redes sociais amazonenses nesta quinta, 26, após a publicação de fotos do artista amazonense Otoni Mesquita no sítio arquelógico das Lajes, em Manaus: As imagens mostram ele aparentemente manuseando as gravuras rupestres que lembram rostos humanos, observadas nos últimos dias com a descida do rio Negro.

As fotos foram postadas no X (ex-Twitter) da artista Gisela Braga. Veja abaixo:

 

 


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As imagens da aparente manipulação do sítio arqueológico atraíram comentários e críticas no X:

 

Mesquita se defendeu após a controvérsia: Em nota enviada à Onda Digital, o artista afirmou que pretendeu apenas realizar um registro, e para tal usou “um pincel de pelo, aplicando caulim, uma argila natural de coloração branca”, para registrar a gravura em papel.

Ele também disse que a substância caulim “é inteiramente natural, sem aglutinante, ou qualquer outro produto que possa intervir e agredir a obra”, e que foi lavada pouco depois usando a própria água do rio Negro. Leia a nota na íntegra aqui: Esclarecimento pedras.

O artista ainda afirmou:

“Foi inapropriado a veiculação da imagem. Fiquei bastante desgastado e desrespeitado em redes sociais. Estou muito abalado com a repercussão e tantas agressões gratuitas”.

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) emitiu nota sobre o ocorrido, onde afirma que “procurou os órgãos competentes para evitar possíveis danos aos bens arqueólogicos, incluindo Polícia Federal, o Batalhão de Polícia Ambiental e a Secretaria Municipal de Segurança Pública. Esta, por sua vez, deverá fazer patrulhas  de modo a impedir qualquer dano ao Patrimônio Cultural brasileiro”.

A Onda Digital falou com o arqueólogo Daniel Comapa, que falou sobre o incidente:

“O professor estava agindo no imediatismo ali, mas creio que ele cometeu um erro, o de tentar fazer esses registros sem autorização. É uma situação delicada, o Iphan se manifestou, mas aquilo estava exposto para a visitação. E a técnica que ele utilizou ali não causa danos ao patrimônio. Mas o ato dele pode incentivar outros curiosos, e como é um material muito específico, necessita de um acompanhamento do Iphan. Ele tinha que ter avisado o órgão do que ia fazer”.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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