Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral e ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu três dias ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que se manifeste sobre a minuta de documento encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres na semana passada.
A determinação de Gonçalves foi incluída nos autos da ação que investiga a campanha do ex-presidente e o seu encontro com embaixadores no Palácio do Planalto, no qual questionou e criticou o sistema eleitoral brasileiro.
O juiz atendeu a dois pedidos apresentados pelo PDT, que visam usar a minuta para reforçar as acusações de abuso poder político por parte de Bolsonaro.
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Torres foi exonerado e teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que o acusou de omissão e conivência em relação aos atos de destruição em Brasília no último dia 8. Após operação de busca na casa de Torres, a Polícia Federal encontrou lá um rascunho de documento no qual se pretendia uma tentativa de mudança do resultado da eleição presidencial. O documento visava instaurar estado de defesa na sede do TSE.
O ex-ministro se encontra preso em Brasília: ele foi detido logo após seu retorno ao Brasil, vindo dos Estados Unidos, no último dia 15.
Na sexta 13, Moraes determinou a abertura de novo inquérito para investigar especificamente Anderson Torres e também o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, que prestou depoimento à PF.