O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres, voltou ao Brasil e está preso na sede da Polícia Federal em Brasília. Torres estava nos Estados Unidos e embarcou em voo de volta ao Brasil na noite de sexta. Sua prisão foi decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, após os tumultos ocorridos em Brasília no último domingo, dia 8.
Assim que o ex-ministro chegou no aeroporto de Brasília, os policiais federais apresentaram a ordem de prisão e o levaram para o hangar da PF. Ele vai ficar preso de forma provisória no quarto batalhão da Polícia Militar, que fica no Guará, a 15 quilômetros do centro de Brasília.
Algumas horas depois, foi realizada a audiência de custódia, por videoconferência. É uma etapa protocolar, necessária para que o preso seja apresentado ao juiz e para que a legalidade da prisão seja analisada. A audiência não discute o mérito do processo, nem a acusação.
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Em 2 de janeiro, Torres assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele estava nos EUA quando ocorreram os ataques em Brasília. Ao determinar sua prisão, Moraes considerou que o ex-ministro foi omisso e conivente com os atos terroristas.
Alguns dias depois, operação da PF na casa de Torres encontrou uma minuta de documento no qual era proposto estado de defesa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para reverter o resultado da eleição presidencial. A PF apura a origem do documento.
Nesta sexta (13), o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de novo inquérito para investigar especificamente Anderson Torres e também o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, que prestou depoimento à PF.