A violência que resultou na morte de Ana Zilda Santos Almeida, de 49 anos, espancada com golpes de capacete, chocou toda a família. A revolta é ainda maior porque ela não reagiu ao assalto, segundo informou um primo da vítima de latrocínio. Edmilson Lopes contou que a família está arrasada e não entende o que aconteceu.
“Ela estava no telefone conversando com a minha mãe. Minha mãe só escutou a pancada e o grito e mais nada. Não tem explicação, a família está arrasada. Agora é esperar a justiça dos homens porque a de Deus a gente confia que será feita”, disse o primo.
O crime aconteceu no dia 5 de outubro em Araguaína, no norte do estado. Ana Zilda estava a caminho do restaurante onde trabalhava quando foi surpreendida pelo ataque. O suspeito de espancar Ana Zilda foi preso pela Polícia Civil.
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O homem, de 32 anos, tentou roubar a bolsa dela durante um assalto e a espancou. Os golpes foram tão fortes que a deixaram em coma. Ela ficou internada no Hospital Regional de Araguaína (HRA) e a morte cerebral foi confirmada nesta quinta-feira (12). O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal da cidade por volta das 18h.
A família informou que ela ficaria pelo menos duas horas sendo velada e ainda nesta quinta-feira seguiria para São Geraldo, no Pará, para o sepultamento.
O primo relembrou a relação de Ana Zilda com a família, afirmando que recentemente ela perdeu um irmão, a sogra, a cunhada e outro parente do marido, e que esteve dando apoio aos parentes em todos os momentos.
“Em termos de doença, ela era o braço forte de toda a família, tanto da parte dela como do esposo dela. Não tem nem explicação, era o esteio da casa, da família inteira”, lamentou.
O crime
Ana Zilda foi abordada pelo agressor quando chegava para trabalhar em um restaurante no setor Rodoviário. Testemunhas contaram à Polícia Militar que o homem chegou fazendo ameaças e exigindo a bolsa da vítima. Só que a mulher não teria atendido imediatamente. Em seguida, o criminoso tomou o capacete e começou a agredi-la com golpes na cabeça.
Conforme o delegado Felipe Crivelaro, as ‘capacetadas’ foram tão sérias que causaram fraturas cranianas e Ana Zilda chegou a perder massa encefálica. O agressor conseguiu fugir com os pertences da vítima.
Suspeito preso
O suspeito de espancar Ana Zilda foi preso pela Polícia Civil na noite de terça-feira (10). O homem não teve o nome divulgado.
O suspeito chegou a ser flagrado por câmeras de segurança correndo por uma rua. Para fugir do local ele ainda enganou um motorista pedindo ajuda. O crime, a princípio, era tratado como latrocínio tentado. Com a morte da vítima, o suspeito deve responder pelo latrocínio consumado.
A prisão foi feita pela Delegacia de Repressão a Roubos (DRR) de Araguaína, durante a operação Siena, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva emitido pela Justiça.