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“Meu legado me credencia a ser pré-candidata a reeleição em Gurupi”, diz Josi Nunes

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A história da família de Josiniane Braga Nunes confunde-se com a de Gurupi, uma vez que seu pai, Jacinto Nunes, foi prefeito de Gurupi, e sua mãe, Dolores Nunes, já exerceu cargos de deputada estadual e federal pelo Tocantins e vice-prefeita do município.

O “ser político” Josi Nunes sempre esteve comprometido com o municipalismo. Foi deputada estadual por quatro mandatos. Em 2014, foi eleita deputada federal com expressiva votação. Em 2020, foi eleita prefeita de Gurupi, após obter 51.05% dos votos válidos.

Nesta entrevista à Rede Onda Digital – Tocantins, a prefeita Josi Nunes fala dos avanços de sua gestão, que considera participativa e colaborativa, como também, revela seu entusiasmo com as melhorias que tem proporcionado à população, como obras e ações que propulsionam o desenvolvimento do município.

Em relação ao recebimento de verbas federais e articulação com a bancada em Brasília, qual é a sua percepção nesse estágio do seu mandato de prefeita?

Todos os municípios hoje, a não ser os grandes que possuem outras fontes de arrecadação, não conseguem fazer investimentos sem os recursos da bancada federal, por isso, precisamos de parceiros. Grande parte dos recursos para o custeio de obras nesses municípios vem do Governo Federal, através de emendas dos parlamentares. Tanto os Estados, quanto os municípios, precisam de recursos de forma permanente.

Agora mesmo, vamos votar o orçamento do ano que vem e eu tenho que levar para a bancada federal os nossos pleitos. Demora aproximadamente um ano para que o dinheiro seja liberado, em razão de trâmites burocráticos próprios da máquina administrativa. O processo é lento e os recursos que estão chegando agora para os cofres municipais, são decorrentes de gestões que fizemos ainda em 2021 e 2022.

Neste caso, estamos trabalhando nesse ano para que possamos receber emendas parlamentares no ano que vem e assim sucessivamente. Trata-se de uma busca permanente. Mesmo que 2024 seja o último ano deste mandato, ainda assim eu estarei buscando recursos, porque independente de eu ser reeleita ou não, a prioridade é o município e as suas necessidades. Além disso, depois de conseguir os recursos, ainda há vários trâmites para que os valores sejam liberados. Isso exige viagens mensais ao Distrito Federal, por parte de cada um dos prefeitos municipais.

Em termos de montante, quais são os valores dos recursos que a Sra. conseguiu em 2023?

De 2020 até agora conseguimos aproximadamente R$ 100 milhões de reais. Mas é preciso ressaltar que esse dinheiro não está todo na nossa conta, porque não chega tudo de uma vez. O custeio é pago mais rapidamente principalmente na área da saúde, que é prioritária. Então, conseguimos as verbas, mas elas chegam de forma gradativa e já recebemos para esse fim, emendas dos deputados Carlos Gaguim, Felipe Martins e do Senador Eduardo Gomes.  Mas no caso de obras infra-estruturantes, as empresas executantes vão entregando partes das obras e, à medida em que as medições são realizadas, os recursos vão sendo liberados.

Em relação ao pátio multimodal da ferrovia norte-sul em Gurupi, qual é o estágio atual?

Uma grande empresa do Tocantins está operacionalizando o primeiro grande investimento no pátio multimodal de Gurupi, cujos valores estão entre R$ 40 e R$ 50 milhões, exatamente para viabilizar o transporte de grãos para várias partes do mundo. Estou muito confiante, porque tenho convicção de que esse investimento vai abrir as portas para outros empreendimentos e vai ser o pontapé inicial para viabilizar, de uma vez por todas, a plataforma da ferrovia em Gurupi.

Ainda falando sobre logística a Sra. tem um projeto interessante que visa interligar a essa cidade.  Poderia explanar como isso vai funcionar?

O município está localizado num ponto logístico estratégico do Tocantins, cortado pela BR-153, pela ferrovia Norte-Sul e pela BR-242. Estamos fazendo investimentos e atraindo novos empreendedores para a cidade, especificamente para o nosso parque agroindustrial que foi criado ainda em 1987, quando meu pai, Jacinto Nunes, era prefeito aqui. Nesta época, até 2020 haviam se instalado apenas 31 empresas. Em dois anos de gestão, criamos uma política de atração de novos investimentos e já estamos com processos prontos de 41 empresas. Isso mostra que um dos nossos focos é o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e renda. Estamos criando também a “casa do empreendedor” que beneficiará todos aqueles empreendedores que pretendem se instalar no município, centralizando ali todas as ações. Temos que prestigiar não apenas as grandes empresas, mas também as médias e micros. Todas elas são muito bem-vindas a nossa cidade.

Estamos criando, paralelamente a isso, uma via perimetral sul, uma espécie de alça, que parte do Ceasa indo até a prefeitura na saída para a cidade de Peixe, ou seja, da BR-153 até a BR-242. Isso vai retirar o tráfego pesado do centro da cidade. Naturalmente, isso traz um eixo de desenvolvimento muito grande, porque surgem novos negócios, novas áreas de expansão e valorização.  Além disso, vamos inaugurar no dia 14 de novembro – no aniversário da cidade – a via da integração, que vem do aeroporto até o centro da cidade passando por baixo do viaduto da BR-153, facilitando a passagem, o intercâmbio e a movimentação da população do leste para o oeste e vice-versa. Também construiremos uma nova rodoviária com recursos já destinados pela Senadora professora Dorinha Seabra. Por todas essas razões, posso dizer que a cidade está totalmente transformada e a prefeitura tem muita contribuição nisso, porque a nossa gestão é aberta, colaborativa e com a participação de todos.

Ainda sobre a logística é preciso dizer que repassamos a administração do nosso aeroporto para a Infraero, através de concessão. Trata-se de uma empresa com reconhecida expertise nesse ramo, porque o nosso projeto é que o aeroporto tenha um plano de desenvolvimento nacional, para que em breve, possamos ter voos comerciais. Logicamente, isso vai trazer desenvolvimentos para nossa cidade.

Diante de todas essas circunstâncias e respostas a Sra. é pré-candidata a prefeita de Gurupi em 2024?

Acredito que o meu legado vai me credenciar para isso. Criei um plano de governo na campanha que apresentei para a população que me elegeu. Estamos executando ele gradativamente, mas não vamos conseguir concluir os 100%, por diversos fatores, entre quais, a própria pandemia que assolou o país e o mundo. Além disso, um processo eleitoral no TRE, logo após as eleições, travou muito a gestão.

Nestas circunstâncias, os dois primeiros anos foram muito prejudicados, ficaram travados mesmo. Fomos aos poucos vencendo cada adversidade, a gestão não ficou totalmente parada e, todas as articulações políticas para viabilizar recursos, foram feitas. No entanto, só agora estão tendo resultados concretos. Nesse momento, estamos deslanchando e o ritmo da gestão é intenso, Por isso, preciso dar continuidade a todos esses projetos e concluir o plano de governo.  Dentro desse contexto, sou pré-candidata a prefeita de Gurupi, e estou tentando viabilizar isso, através de parcerias e alianças com grupos políticos da cidade. Eu tenho uma história de amor por essa cidade, eu preciso deixar um legado, como meu pai e a minha mãe deixaram enquanto políticos atuantes no Tocantins.  Por isso, preciso de mais tempo.

Qual é a sua visão acerca da representatividade dos deputados estaduais do município no parlamento?

Infelizmente durante algum tempo ficamos sem representatividade na assembleia e isso, logicamente, trouxe prejuízos para a cidade. Considero que hoje estamos bem representados pelo Gutierres Torquato e pelo Eduardo Fortes, porque eles não lutam apenas por Gurupi, mas sim por toda a região sul e isso faz muita diferença em todo o contexto. Evidentemente que, para um projeto de reeleição, eu estou buscando formar alianças com eles e com outros grupos, visando sedimentar esse processo.

Em relação à exposição Gurupi + Tech – um grande evento que foi realizado na cidade na última semana – seria salutar que a Sra. expusesse a importância dele, como também, da Fenesul… 

É preciso dizer que a Sicteg é a integração da ciência com a tecnologia. Sempre foi e ainda continua sendo um grande momento de pesquisa, de encontro de ciência, conhecimento e inovação.  Sempre participei de todo esse processo, mesmo porque sou servidora de carreira da UNIRG.  Essa é a nona edição e nosso objetivo é dar continuidade, ampliar crescer. A Sicteg é muito importante para o meio estudantil, universitário e acadêmico da nossa cidade. Mas quando falamos o desenvolvimento econômico, temos que aliar vários fatores: infraestrutura, saúde, educação e logística. Mas também é importante uma integração entre a gestão, as universidades e a classe empresarial, pois tudo isso é que faz gerar desenvolvimento.

As universidades criam soluções para os nossos problemas e essas soluções são implantadas por muitas empresas, que são criadas com essas novas tecnologias. A gestão também tem que se modernizar, utilizando esses conhecimentos para prestar melhores serviços para nossa sociedade.

Logicamente, isso é uma cadeia e é exatamente por isso que é a primeira vez que temos uma feira de negócios (Fenesul) dentro da Secteg. Continua sendo uma feira de tecnologia e inovação, mas também trouxe o empresariado, visando expandir negócios. Uma gestão pública colaborativa e participativa, torna-se mediadora de tudo isso, confluindo todos os interesses. Além disso, contamos com a colaboração do SEBRAE, da UFT, IFTO, UNITINS e UNIRG, além de outros parceiros como a Fecomércio, ACIG, todo sistema S, entre outros.

Gurupi se tornou uma cidade universitária e um polo acadêmico importante no estado do Tocantins. Como isso contribui para o desenvolvimento do município?

Esse conjunto de instituições universitárias tornou-se fundamental na área da educação, criatividade, pesquisa, tecnologia, inovações, buscando soluções para os problemas que a cidade enfrenta. É preciso formar pessoas no meio acadêmico e incentivar o desenvolvimento dessas mentes brilhantes, que se dedicam a melhorar todo nosso cotidiano.

Quanto é o fluxo migratório de alunos das regiões circunvizinhas é um processo natural, em razão das universidades estarem estabelecidas aqui, nos tornamos esse polo acadêmico da região sul. Somos referência neste quesito. Porém, é preciso dizer que o ensino a distância também permitiu que as pessoas estudem nos seus próprios municípios através de tele aulas e isso também contribui para a formação. A educação é vital em todos os aspectos.

Em nome da Rede Onda Digital agradeço-lhe pela entrevista e esclarecimentos.

É sempre um prazer receber a imprensa e divulgar, com responsabilidade, nossas efetivas ações e projetos que vão melhorar a vida da nossa população.

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Dock Júnior
Dock Júnior
Graduado em Comunicação Social, com especialidade em Jornalismo pela UFT (Universidade Federal do Tocantins) e em Direito pela PUC-GO, atua há 10 anos como jornalista político no Tocantins, com ênfase nos bastidores da notícia.

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