Em sessão do Tribunal do Júri em Palmas, na terça-feira, 05, Jonhnatan Santos Carvalho foi condenado a pena de 19 anos e três meses de prisão pelo feminicídio da namorada, Marcela Silva Soares, ocorrido num motel de Taquaralto, Palmas (TO), em setembro de 2021.
O réu teria premeditado o homicídio ao atrair para o motel a namorada – com quem se relacionou por três anos – servindo-lhe soda cáustica com espumante e, após isso, a estrangulou com um fio semelhante a um cabo de fibra óptica.
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Conforme inquérito policial, o réu comprou a soda momento antes do crime, sob a justificativa de que a usaria para produzir sabão com sua avó, afirmação que não foi confirmada pelas testemunhas ou prova do processo.
O promotor de Justiça Rogério Ferreira Mota, integrante do Núcleo do Tribunal do Júri, do MPTO, salientou a frieza do crime, o grau de reprovabilidade do comportamento, pelo fato de ter premeditado a morte dela e, ainda, a personalidade negativa do réu.
Diante do que foi apresentado e sustentado pela acusação, o Conselho de Sentença acatou as circunstâncias agravantes de asfixia, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, como também, o feminicídio, crime praticado contra a mulher por razões da condição do sexo feminino.
Na sentença, ficou estabelecido que o condenado não poderá recorrer em liberdade e que ainda terá que pagar o valor de R$ 50 mil, a título de danos morais, aos familiares de Marcela.