Em uma votação marcada pela falta de grande parte dos clubes da Primeira Divisão, Samir Xaud foi aclamado presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) neste domingo (25/05), no Rio de Janeiro.

Ele foi eleito diante de 46 pessoas, sendo 26 federações e 20 clubes (10 da Série A e 10 da B). A falta de equipes de elite expôs a divisão interna no futebol do Brasil.

Embora vários clubes tenham anunciado boicote, Santos e Cruzeiro, que assinaram o manifesto de oposição, compareceram ao evento. Enquanto isso, clubes como Flamengo, Fluminense, São Paulo e Corinthians permaneceram ausentes e se manifestaram contra o sistema eleitoral da confederação.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, destacou sua posição entre as poucas lideranças da elite presentes:

“Eu não fui contra os clubes […] Como é que eu começo com exigências? Isso não é momento de exigências, é um momento de conversar.”

A imprensa não teve permissão para acompanhar o processo de voto como na eleição anterior (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Samir Xaud no comando

A votação foi realizada com 103 dos 108 votos disponíveis, e mesmo sem a presença de figuras conhecidas, o auditório da CBF estava repleto com parentes de dirigentes e representantes de clubes menores, como o Baré-RR.

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Ricardo Paul, o novo vice-presidente, reconheceu o conflito entre clubes e CBF:

“O movimento dos clubes é legítimo. […] Esse protagonismo dos clubes é algo que nós também queremos e desejamos.”

Ricardo Paul enfatizou que anseia pela retomada das negociações com os clubes num futuro próximo, sugerindo uma reformulação da relação com as entidades.

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