O Amazonas tinha 490.935 pessoas indígenas em 2022, com idade mediana de 22 anos, segundo dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Deste total, 149.080 vivem em terras indígenas e 341.855 fora delas.

O levantamento aponta 259 etnias indígenas no estado, com 168 línguas faladas ou utilizadas nos domicílios, representando um aumento de 73% em etnias e 53% em línguas desde 2010. No país, são 391 etnias e 295 línguas indígenas. Entre as unidades da federação, São Paulo lidera em número de etnias (271), seguido pelo Amazonas (259) e Bahia (233).

Em Manaus, capital do estado, foram identificadas 186 etnias, enquanto Iranduba, município próximo à capital, registrou a maior concentração fora da capital, com 77 etnias. Entre as etnias mais numerosas estão os Tikunas (73.564 pessoas), Kokamas (64.105) e Mura Pirahã (37.585). A maior parte dos Tikunas (19.169 pessoas) vive na terra indígena Évare I, que abrange Tabatinga, Santo Antônio do Içá e São Paulo de Olivença.

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O Censo também identificou um aumento no número de pessoas que se reconhecem com mais de uma etnia, especialmente entre os Tikunas (1,47%) e Kokamas (1,8%). Em Manaus, 967 pessoas declararam pertencer a duas etnias.

Quanto à diversidade linguística, 137.421 pessoas indígenas no Amazonas falam ou utilizam línguas indígenas nos domicílios, o que representa 31,77% dos falantes no país. Manaus concentra a maior diversidade, com 97 línguas, seguida por São Gabriel da Cachoeira (36) e Iranduba (31). A maior parte das pessoas que fala língua indígena reside fora de terras indígenas, em áreas urbanas.

O levantamento do IBGE, que incluiu consultas a especialistas e representantes indígenas, reforça a diversidade étnica e linguística da população indígena, além de trazer informações sobre idade, sexo, alfabetização, registro de nascimento e acesso a saneamento básico.

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