O cantor Toni Garrido, vocalista da banda de reggae Cidade Negra, dividiu a opinião do público após acusar uma composição sua de ser “hetero machista”. A declaração foi dada durante o programa Altas Horas, apresentado por Serginho Groisman, na noite deste sábado (4/10).

Garrido falava sobre a música “O Girassol” lançada em 2002 no disco “Acústico MTV”. O cantor afirmou que, depois de 25 anos, percebeu um problema com a canção.

“A gente tem uma música, ‘Girassol’, que durante anos cantamos, e eu tinha certeza que eu estava cantando uma canção certa de amor, que estava fazendo bem pras pessoas. Depois de 25 anos, um dia bateu uma ficha… a música era: ‘A verdade prova que o tempo é o senhor dos dois destinos, dos dois destinos; Já que, pra ser homem, tem que ter a grandeza de um menino, de um menino’. Hétero, machista, top, horrível”, declarou o cantor, recitando o trecho errado da canção.

Toni Garrido muda letra de música do Cidade Negra e divide opinião do público pic.twitter.com/F3auDm7Wzc

— Rede Onda Digital (@redeondadigital) October 6, 2025

A fala do cantor seguiu da fala de Serginho Groisman: “Já vi que você mudou”.

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Na sequência, o Cidade Negra cantou a música com a mudança feita na letra, trocando o trecho “já que para ser homem tem que ter a grandeza de um menino” para “já que para ser homem tem que ter a grandeza de uma menina… uma mulher”.

Após a viralização do depoimento, o cantor se pronunciou nas redes sociais, neste domingo (5).

“De uma coisa tão simples e que dentro de tantas coisas incríveis, a gente vê uma discussão enorme por causa da semântica, do entendimento dessas palavras. Na realidade, de uma mudança, de uma palavra. As pessoas podem cantar como elas quiserem, elas conhecem a música de um jeito”, escreveu.

Ele relembrou que as pessoas podem cantar a música da forma que quiserem, já que a arte é livre, mas que sua versão visa homenagear as mulheres.

A mudança na música gerou controvérsia nas redes sociais. Uma usuária apontou sua interpretação do trecho “Uma grandeza de um menino, eu entendo que seja, olhar as coisas com menos maldade, sem preconceitos, viver feliz, nem tudo temos que levar as coisas tão a sério só isso Velho”, desaprovando a mudança proposta pelo compositor.

Outro usuário comentou “Já sei como voltar o hype anos depois, vou dar uma lacrada aqui”. Uma mulher defendeu que jamais entendeu a letra como machista: “Eu, no meu lugar de fala, digo que nunca interpretamos a música como conotação machista. Já que pra ser “homem” adulto responsável, de caráter, valores e princípios, tem que ter a grandeza de um menino criança despida de qualquer preconceito ou maldade”, exemplificou. Outro usuário brincou: “A banda agora vai se chamar município afro descendente”.

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