A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (8/10), o nome do economista Gabriel Galípolo para o comando do Banco Central (BC). Ele foi aprovado com unanimidade: foram 26 votos a zero.

Agora, Galípolo precisa ser aprovado pelo plenário da Casa, o que deve ocorrer ainda nesta terça.

O economista foi indicado pelo presidente Lula (PT) em 28 de agosto. Galípolo é, atualmente, diretor de Política Monetária do Banco Central. Já foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, braço direito do ministro Fernando Haddad.

Ele deverá suceder o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde o começo do mandato, Lula fez várias manifestações negativas públicas contra o chefe da autoridade monetária, sobretudo em relação à taxa básica de juros, a Selic.

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No Senado, Galípolo foi sabatinado principalmente na questão da independência do BC. Ele respondeu que não haverá brigas ou discussões com a sua entrada na instituição. O economista afirmou:

“Quanto à questão das críticas ao Roberto [Campos Neto] ou a alguma questão com o próprio presidente Lula, eu sinto que eu gerei uma grande frustração na expectativa que existia de que, ao entrar no Banco Central, fosse começar um grande reality show, com grandes disputas e brigas ali dentro.

E eu, infelizmente, tenho uma informação chata para dar a todos: a minha relação com o presidente é a melhor possível, com o presidente Lula e com o presidente Roberto. É a melhor possível, eu sempre fui muito bem tratado pelos dois”.

No parecer aprovado pela CAE, o líder do governo no Senado e relator da indicação, Jaques Wagner (PT-BA), fez elogios a Galípolo, citando “o alto nível de qualificação profissional, a larga experiência em cargos públicos e a sólida formação acadêmica” do economista.

Gabriel Galípolo é natural da capital paulista e tem 42 anos. O mandato de Campos Neto encerra-se em 31 de dezembro de 2024. Caso Galípolo seja aprovado pelo plenário, ele assumirá o cargo no período de 1º de dezembro de 2025 ao fim de 2028.

*Com informações do Metrópoles.

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