O desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, determinou que Monique Medeiros, a mãe do menino Henry Borel, volte para a cadeia. Ela e o padrasto de Henry, o ex-vereador Dr. Jairinho, são réus pela morte da criança; segundo a polícia, Jairinho torturou o menino sob a conivência da mãe.

O desembargador acatou um recurso do Ministério Público contra uma decisão da 2ª Vara Criminal do Rio, proferida no início de abril, que permitiu que Monique fosse solta usando tornozeleira eletrônica.

Leia mais:

Câmara aprova Lei Henry Borel, que estabelece homicídio infantil como crime hediondo

Caso Henry Borel: depoimentos de Jairinho e Monique estão previstos para esta quarta-feira

O pai de Henry, Leniel Borel, comemorou a volta de Monique para a prisão. “O sentimento é de justiça sendo feita. Respeitamos a decisão [anterior, que concedeu a prisão domiciliar], mas não concordamos. Graças a Deus temos o Ministério Público, o promotor Fábio Vieira. A decisão foi por unanimidade e não tinha nada de novo.”

“Os desembargadores dizem que foi uma decisão [da primeira instância] híbrida e confusa, unidirecional. A Justiça não estava sendo feita. E não estou falando só do Leniel como pai, mas como cidadão. Eu luto todo dia por justiça pelo meu filho, para que a verdade apareça… Um ano e 4 meses… Talvez aqueles dois nunca falem”, acrescentou.

Na decisão anterior, a juíza Elizabeth Machado Louro manifestou preocupação com ameaças sofridas por Monique dentro da cadeia e disse que a manutenção da prisão “não favorece a garantia da ordem pública”.

Via g1

Justiça Eleitoral garante proteção a candidata em Eirunepé após denúncias de violência política de gênero

Justiça do RJ determina que Monique Medeiros volte para a cadeia