As principais notícias de Manaus, Amazonas, Brasil e do mundo. Política, economia, esportes e muito mais, com credibilidade e atualização em tempo real.
Rede Onda Digital
Assista a TV 8.2

Conheça alguns jogos de vídeogame que foram proibidos no Brasil

Conheça jogos proíbidos por conteúdos violentos no Brasil
08/12/25 às 17:00h
Conheça alguns jogos de vídeogame que foram proibidos no Brasil

(Foto: reprodução)

O videogame é um entretenimento que, por muito tempo, era mais restrito as crianças. No entanto, no atual cenário mundial, muitos adultos também passaram a se divertir com os jogos eletrônicos, e com isso, jogos com conteúdos mais adultos passaram a fazer parte do mercado.

Mesmo assim, ainda existe a cultura de jogos são apenas para crianças, e por isso, volta e meia a violência dentro dos jogos é discutida, e muitas vezes, condenada, a ponto de que muitos jogos acabam sendo proibidos, ou mesmo responsabilizados por crimes.

Motivos não faltam para que alguns jogos, claramente não classificados para crianças (existem órgãos que regulamentam essa questão), acabam tendo sua comercialização vetada no nosso país. Conheça agora alguns dos jogos de videogame que já tiveram sua venda vetada no Brasil.

Doom

(Foto: divulgação)

Considerado um dos jogos de tiro mais influentes do mercado, Doom popularizou o gênero “jogo de tiro em primeira pessoa”, onde o jogador observa a ação do ponto de vista do protagonista. O jogador enfrenta demônios que invadiram uma base de pesquisas em Marte.

A proibição de Doom no Brasil ocorreu após a repercussão do Massacre de Columbine, ocorrido em 1999, quando os adolescentes Eric Harris e Dylan Klebold abriram fogo dentro da instituição de ensino High School Columbine, no estado da Colorado, EUA, e mataram 13 pessoas, sendo 12 colegas de escola e um professor, além de deixar outras 21 pessoas feridas. Após o tiroteio os jovens tiraram a própria vida.

Os jovens planejavam o crime a meses, e de acordo com as investigações, Eric Harris era fã de jogos de tiro, em especial Doom. O caso acabou sendo associado ao jogo, gerando comoção mundial. No Brasil, o vereador de Minas Gerais, Betinho Duarte, no mesmo ano, lançou junto a uma Ong a campanha “Vídeogames – Educando para matar”, que resultou na proibição de diversos jogos no Brasil, entre eles, Doom foi um dos títulos.

Duke Nukem 3D

(Foto: reprodução)

Outro jogo de tiro em primeira pessoa, Duke Nukem 3D coloca o jogador para enfrentar uma invasão alienígena na terra. O game usa como cenário diversos cenários, como shoppings, boates, livrarias e cinemas, enquanto o protagonista troca tiros com os inimigos.

No Brasil, Duke Nukem 3D se envolveu em uma tragédia ocorrida no cinema MorumbiShopping, em 1999. O estudando de medicina Mateus da Costa Meira, na época com 24 anos, entrou em uma seção do filme “Clube da Luta” e disparou com uma submetralhadora contra os presentes na sala, deixando três pessoas mortas.


Leia mais

Rússia bloqueia acesso ao Roblox por suposta veiculação de “propaganda LGBT”

Apagão em nuvem da Amazon derruba aplicativos e serviços pelo mundo todo; saiba quais


As investigações apontaram que o atirador sofria de transtorno de personalidade e fazia uso de medicamento controlado. Porém, no dia do ataque, ele confessou a polícia que teria enxergado os monstros de Duke Nukem 3D na sala, igual a um dos cenários do game. O jogo também foi proibido através do projeto “Vídeogames – Educando para matar”.

Bully

(Foto: reprodução)

Lançado em 2006 no PlayStation 2, Bully é um jogo de mundo aberto que se passa numa escola. O protagonista da aventura está em um colégio interno repleto de outros colegas rebeldes. Dada a liberdade do jogo, Bully permite ao jogador agredir e perseguir outros alunos na escola. Apesar da possibilidade, o jogo não incentiva as práticas e pune o jogador.

O conteúdo de Bully chamou atenção do Ministério Público do Rio Grande do Sul (RS), que entrou com uma ação na Justiça de RS e conseguiu a proibição do jogo no Brasil em 2008, alegando o conteúdo do game era “nocivo à formação de crianças e adolescentes” por retratar violência e humilhação. Em 2016, no entanto, o jogo passou por um relançamento e teve sua venda liberada no país.

Counter-Strike

(Foto: reprodução)

Sensação das lan houses no inicio dos anos 2000, Counter-Strike é um conhecido jogo de tiro em primeira pessoa multiplayer, onde os jogadores se enfrentam em partidas on line separados entre dois times “terroristas x contra-terroristas”. O jogo foi proibido no Brasil em 2008 devido ao mapa CS_Rio, que se passa em uma favela no Rio de Janeiro. A justiça considerou o cenário nocivo e não condizente com a realidade.

No entanto, a proibição caiu depois que a Valve, publicadora do jogo, recorreu, afirmando que o jogo tinha uma ferramenta onde os próprios jogadores podiam criar os mapas, e que no caso de CS_Rio, o cenário foi criado e divulgado pelos próprios jogadores.

Manhunt

(Foto: divulgação)

Desenvolvido pelos mesmos criadores de Bully, Mahunt também teve sua venda restrita no Brasil por algum tempo. O jogador assume o papel de um condenado a morte que acorda numa cidade fictícia cheia de criminosos.

Ele é coagido por um diretor de cinema que o sequestra para estrelar um filme Snuff (filmes onde cenas de morte são registradas e vendidas na internet). O objetivo do jogo é atravessar as fases matando os oponentes da forma mais violenta e brutal possível, enquanto o diretor registra as cenas.

Manhunt teve uma sequencia anos depois. Seguindo a mesma linha brutal, o jogo teve sua venda proibida no Brasil, mas foi liberado meses depois, quando a desenvolvedora criou um filtro que censurava as cenas mais pesadas do games.

Postal

(Foto: reprodução)

Proíbido na mesma situação que Doom e Duke Nukem 3D, postal também chocou pelo seu conteúdo pesado. Aqui o jogador assume o papel de um carteiro americano que surta e decide matar as pessoas na cidade. Apesar do tom irônico de humor ácido, o conteúdo do jogo não agradou, por ser considerado de mal gosto.

A violência gratuita também foi bastante criticada, principalmente por que, muitos dos oponentes do jogo sequer podiam se defender do protagonista. Como resultado, Postal e suas continuações tiveram a venda proibida. No entanto, atualmente, uma versão relançada do jogo pode ser adquirida nas principais lojas virtuais de jogos.