Durante a sessão plenária desta segunda-feira (30/6), a Câmara Municipal de Manaus (CMM) rejeitou o requerimento do vereador Zé Ricardo (PT) que convocava o secretário municipal de Limpeza Urbana para prestar esclarecimentos sobre o agravamento do problema do lixo nas ruas da capital amazonense.
A decisão da maioria dos vereadores frustrou o pedido por mais transparência e esclarecimentos públicos sobre a política de resíduos sólidos da cidade.
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Zé Ricardo argumentou que a situação atual da limpeza urbana em Manaus reflete a ausência de planejamento e a ineficácia da gestão na coleta e no manejo de resíduos.
“A população tem o direito de saber por que Manaus continua suja e quais medidas estão sendo adotadas pela Prefeitura. Mas, infelizmente, a maioria preferiu blindar o secretário a permitir esse debate”, criticou o parlamentar.
O requerimento havia sido protocolado em 20 de maio, mas foi paralisado por um pedido de vistas.
Agora, com a rejeição em plenário, o secretário não será obrigado a comparecer à Casa Legislativa, e a população continua sem respostas concretas sobre a destinação dos resíduos sólidos e as ações do Executivo municipal para lidar com o problema.
Paralisação de requerimentos e denúncias de blindagem
Antes da votação, Zé Ricardo voltou a criticar a condução dos trabalhos na Câmara, denunciando a constante obstrução de seus requerimentos que buscam convocar secretários municipais para debater temas relevantes à cidade.
Segundo ele, muitos desses documentos seguem travados, ignorados ou retirados de pauta, o que indicaria uma tentativa sistemática de blindar a gestão municipal.
“Está difícil fazer com que os secretários venham a esta Casa prestar contas à sociedade. Vir à Câmara é necessário, pois é o lugar do debate. Uma gestão que impede seus secretários de debater os problemas da cidade tem muito a esconder”, afirmou.
O vereador também citou outros requerimentos que seguem sem tramitação, como o que convoca o secretário municipal de Educação para prestar esclarecimentos sobre os contratos de aluguéis e a precariedade das escolas públicas, e outro que exige explicações da Secretaria de Infraestrutura sobre os buracos e a má conservação das vias urbanas.
“A Câmara não pode ser cúmplice do silêncio”
Zé Ricardo lamentou a postura da maioria dos vereadores diante das tentativas de fiscalização.
“A Câmara não pode ser cúmplice do silêncio. Isso é uma grave omissão. Quando se barra a convocação de secretários, quem perde é o povo, que fica sem respostas, sem transparência e sem solução para os problemas do dia a dia”, disse.
Ele reforçou que a função do vereador é fiscalizar, cobrar soluções e garantir que o Executivo preste contas não apenas ao Legislativo, mas à população.
Para o parlamentar, a recusa em debater publicamente os problemas da cidade, como a crise da limpeza urbana, é um retrocesso democrático.
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